
O Cineclube do Porto comemora na segunda-feira 70 anos de existência, e o objetivo da atual direção, em funções há cinco anos, é manter a missão de sempre da instituição: “disponibilização de filmes ao público e ajudar a que seja possível ver determinados filmes em sala de cinema”, ou seja, obras que “normalmente não são exibidas ou menos exibidas proporcionalmente a outros territórios do cinema”.
José António Cunha, presidente da instituição, espera que 2015 seja o ano da “estabilização do projeto da Casa das Artes”, sala da cidade onde exibem filmes desde o ano passado, para além de ser também o ano em que é concretizado o depósito do acervo. De acordo com o presidente do cineclube mais antigo do país, parte do acervo vai para a Casa do Infante, no Porto, estando ainda a desenvolver esforços para a concretização dos protocolos com as demais instituições envolvidas.
“Em fase embrionária” estão dois novos projetos, que, segundo José António Cunha, “alargam e diversificam” aquilo que o Cineclube do Porto tem realizado na Casa da Artes.
Um desses projetos intitula-se “Cinema do Futuro” e vai decorrer entre outubro e novembro, com os olhos postos em filmes do passado que olharam para o futuro, sendo esse futuro o tempo atual.
O destaque da programação deste mês vai para os dias 17 e 18, com a exibição de “Onde Jaz o Teu Sorriso?” (2001), a homenagem de Pedro Costa a Jean-Marie Straub e Danièle Huillet, e do recente documentário de Manuel Mozos “João Bénard da Costa: Outros Amarão as Coisas que Eu Amei” (2014). Em ambos os casos, as sessões serão apresentadas na Casa das Artes pelos próprios realizadores.