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Cinco conselhos para um coração saudável

Cinco conselhos para um coração saudável

É o músculo mais importante do nosso corpo, composto por duas bombas musculares, do lado direito e do lado esquerdo, que batem em simultâneo. As doenças cardíacas e cardiovasculares são das principais causas de morte em todo o mundo. Para evitá-las, é preciso manter um coração saudável. Saiba como.

Todos sabemos que uma alimentação saudável e a prática de exercício físico são benéficas para a saúde. No entanto, quantos de nós por vezes nos esquecemos destes conselhos vitais? Fomos falar com um cardiologista que nos fez uma “revisão da matéria dada” sobre como ter – e manter – um coração saudável. Não existe um truque de magia, mas sim cinco conselhos que, se forem seguidos à risca, podem ajudar e prevenir problemas cardíacos/cardiovasculares. Uma regra que já sabe à partida é não fumar ou deixar de fumar. Passemos aos outros conselhos dados por José Alves Nascimento, cardiologista e diretor clínico da Clínica Cintramédica.

1. Controlar a hipertensão

A circulação do sangue implica alguma pressão sobre as paredes das artérias sendo esse processo que origina a “tensão arterial”. A hipertensão acontece quando há um excesso de pressão, situação que pode ter origem genética ou ambiental. Por ser uma doença inicialmente silenciosa, o diagnóstico pode tardar demasiado. Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, dois milhões de portugueses são hipertensos, ainda que só metade o saiba e apenas 25% esteja medicado. Perante este cenário, José Nascimento aconselha que a medição da pressão arterial seja feita com regularidade. “Uma pessoa de 40 anos e que não sofra de hipertensão deve fazer a medição duas a três vezes por ano. Já alguém que tenha um historial de hipertensão na família deve fazê-lo de dois em dois meses”, esclarece o cardiologista.

2. Medir os níveis de colesterol regularmente

Estima-se que mais de um terço das pessoas em todo o mundo tenha níveis de LDL elevados no organismo. Quando os níveis de colesterol LDL – vulgarmente conhecido como “mau colesterol” – estão elevados, começa a haver deposição de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, formando placas de gordura (placas de aterosclerose) que, com o tempo, podem dificultar a passagem do sangue e levarem a um enfarte agudo do miocárdio ou a um acidente vascular cerebral (AVC). Para uma análise global, José Alves Nascimento aconselha que seja medido o colesterol total, ou seja, aquele que engloba o LDL, mas também o HDL, o “bom colesterol”, que impede o mau colesterol de se alojar na parede das artérias. “Para quem não sofre da patologia, o controlo deve ser anual. Já para aqueles com fatores de risco e à medida que a idade vai avançando, devem consultar um médico que, tendo em conta todo o historial, indicará qual a periodicidade com que deve medir esses valores”, refere.

3. Controlo da diabetes

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O cardiologista considera que o controlo da diabetes é um dos pilares fundamentais para manter uma boa saúde do coração. Mas antes, vale a pena recordar do que se trata. A diabetes acontece quando existe excesso de açúcar – a glicose – no sangue. Isso acontece quando o pâncreas – responsável por ajudar a glicose a passar do sangue para o interior das células – não é capaz de produzir insulina em quantidade suficiente. Quando isso acontece, o organismo entra em hiperglicemia, ou seja, a glucose acumula-se no sangue, deteriorando progressivamente os vasos sanguíneos. Por esta razão, as doenças como a angina de peito, o enfarte agudo do miocárdio e a morte cardíaca súbita são mais frequentes em doentes diabéticos. “É importantíssimo que sejam feitas análises pelo menos uma vez por ano”, lembra o especialista, deixando como indicação a avaliação da hemoglobina glicada (HbA1C), uma análise ao sangue que possibilita determinar os valores médios de açúcar no sangue nos últimos dois a três meses. Para o especialista, este é um dos instrumentos mais importantes para avaliar o controlo glicémico da pessoa com diabetes e, também, para confirmar o diagnóstico de diabetes ou de pré-diabetes.

4. Comer de forma saudável

Neste ponto não há dúvidas. “Uma dieta rica em fruta e legumes vai ajudar o organismo a funcionar melhor, ao contrário do consumo de fritos e de gorduras, por exemplo”, esclarece José Alves Nascimento. O médico aconselha um consumo mais regular de peixe e defende que a carne deve ser ingerida mais esporadicamente, uma vez que o peixe gordo pode ajudar a reduzir o risco de doenças do coração e melhorar as hipóteses de sobrevivência após um ataque cardíaco. “Em Portugal não se come mal”, lembra, “mas falta reduzir as quantidades de sal utilizadas”. O consumo diário de sal por português estará acima de 10 gramas, quando a recomendação da Organização Mundial da Saúde aponta para cinco gramas diários.

5. Praticar exercício físico

Segundo dados da Fundação Portuguesa de Cardiologia, dois em cada três portugueses são sedentários e 67% da população pratica menos de uma hora e meia de atividade física ao longo da semana. Isto acontece quando está cientificamente provado que a atividade física reduz o risco de ataques cardíacos em mais de 30%. O cardiologista José Alves Nascimento defende a prática de atividade física para manter o coração em forma, “mas sem excessos”. Exercícios de manutenção na passadeira ou bicicleta serão os mais indicados. No entanto, alerta para a importância da realização prévia de exames para perceber se está ou não apto para a prática de atividade física, assim como para saber qual grau de intensidade mais indicado. “A partir dos 30 anos e sem historial clínico, uma prova de esforço e um ecocardiograma são essenciais”, salienta.

O cardiologista José Alves Nascimento agrega assim os pilares que considera fundamentais para promover a saúde cardiovascular: uma alimentação saudável, exercício físico regular e o controlo de patologias como a hipertensão, a diabetes e os níveis elevados de colesterol.

(Conteúdo revisto pelo Conselho Científico da AdvanceCare) {jcomments on}

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