PUB
Galiza3

CIIMAR lidera projeto de 1.3 milhões para combater a obesidade

CIIMAR lidera projeto de 1.3 milhões para combater a obesidade

PUBLICIDADE - CONTINUE A LEITURA A SEGUIR
CYANOBESITY é o novo projeto europeu do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto liderado pelo investigador Ralph Urbatzka, que procura o desenvolvimento de novos compostos nutracêuticos extraídos de cianobactérias marinhas, fundamentais para melhorar a qualidade de vida de indivíduos com problemas de obesidade.

A obesidade é um risco para a saúde global associado a problemas como a hipertensão, colesterol alto, diabetes, doenças cardiovasculares, apneia do sono, problemas respiratórios (asma), doenças músculo-esqueléticas (artrite) e algumas formas de cancro. Nos últimos 20 anos, a percentagem de obesidade quase duplicou em muitos países europeus.
“Ao longo dos anos diversos medicamentos têm sido produzidos para tratar ou prevenir a obesidade no entanto, muitos apresentam uma vasta gama de efeitos colaterais perigosos pelo que é urgente a procura de novos compostos anti-obesogénicos. As cianobactérias marinhas apresentam-se assim como uma excelente solução sendo uma fonte de moléculas naturais”, refere Ralph Urbatzka, investigador no CIIMAR e coordenador do projeto, em comunicado.
CYANOBESITY terá início com a produção de biomassa de estirpes de cianobactérias selecionadas da coleção de culturas do CIIMAR, a maior coleção portuguesa e inscrita no World Federation of Culture Collections, e serão realizados diferentes bioensaios em peixes zebra e em vários tipos de células adiposas (que acumulam gordura) e células hepáticas (presentes no fígado) permitindo o isolamento de compostos bioativos, necessários para a elucidação da sua estrutura química.
“Nestes bioensaios, as cianobactérias serão rastreadas quanto a propriedades benéficas para obesidade e co-morbidades relacionadas à obesidade (obesidade, doença hepática gordurosa, diabetes, apetite e hiperlipemia) ”, refere o investigador.
O mecanismo molecular destes compostos será decifrado por uma inovadora plataforma biotecnológica que combina proteómica química (análise de proteínas) e nanotecnologia. Esta permitirá descobrir os alvos dos novos compostos e, simultaneamente reduzir a quantidade do produto natural necessário – um passo crítico no processo de desenvolvimento de compostos bioativos, dada a sua escassez.
Na fase final do projeto, e de forma a comprovar que estes compostos reduzem a obesidade ou melhoram o metabolismo na obesidade, será efetuado um ensaio in vivo em ratinhos obesos.
O isolamento destas moléculas bioativas permite obter, na fase final, um composto puro que pode ser administrado sob a forma de um produto nutracêutico ou uma dieta suplementar, não sendo misturado com outros metabolitos, reduzindo assim efeitos secundários potencialmente indesejados.
O projeto CYANOBESITY, cofinanciado pela Fundação da Ciência e Tecnologia (FCT) no âmbito da ERA-MarineBiotech, tem a duração de cerca de 3 anos e reúne um consórcio de 4 países: Portugal, Suécia, Alemanha e Islândia.

PUBLICIDADE - CONTINUE A LEITURA A SEGUIR

PUB
Amanhecer2