
As obras arrancaram “ligeiramente mais tarde do que o previsto”, no final de 2015, explicou André Ferreira, administrador do grupo Endutex, detentor do projeto, pelo que a inauguração – inicialmente prevista para o mês de maio – deverá acontecer apenas em junho/julho.
Embora apenas com recurso a “plantas e imagens virtuais”, uma vez que, por razões de segurança ainda não é possível uma vista à obra, a fase de comercialização dos espaços de restauração, comércio e escritórios do futuro centro empresarial e comercial já arrancou em fevereiro e a procura dos espaços para arrendamento tem corrido “acima das expectativas”.
“Não contava ter tantas pré-reservas sem se poder visitar o imóvel”, admitiu à Lusa André Ferreira, prevendo que “na segunda quinzena de abril” exista já “uma zona visitável”, o que dará um novo fôlego ao processo de comercialização do “District – Offices and Lifestyle”.
Com um investimento total de 3,6 milhões de euros, dos quais 1,6 milhões na aquisição do imóvel ao Estado, o responsável acredita que a inauguração acontecerá “com uma taxa de ocupação muito próxima dos 100%”.
O edifício – um imóvel emblemático da cidade, construído em 1972 para instalação da Casa Pia (o que nunca aconteceu) e que já albergou o antigo Governo Civil do Porto e o Comando Metropolitano da PSP – terá uma zona de zona de restauração com cinco restaurantes e quatro ‘corners’, uma zona comercial e uma zona de escritórios, com rendas a preços acessíveis e espaços partilhados.
O modelo de arrendamento previsto inclui serviços como a Internet, ar condicionado e iluminação. Os inquilinos poderão ainda usufruir de espaços comuns como salas de reuniões (quatro no total, a usar sob marcação), casas de banho, um pequeno anfiteatro, uma zona de ‘workshops’ e um espaço de convívio.
“Expurgamos dos escritórios serviços e áreas que são necessários, mas que se usam com menos frequência”, explicou o administrador da Endutex, apontando este facto como um elemento diferenciador do projeto face à “oferta de escritórios tradicional, em que se arrenda um espaço fechado”.
Para André Ferreira, a localização central do imóvel é outro fator distintivo.
O imóvel do futuro centro empresarial foi adquirido ao Estado pela Partilhângular Unipessoal, empresa do grupo têxtil Endutex, de Santo Tirso, cuja operação se estendeu aos ramos imobiliário e hoteleiro (detém a marca de hotéis ‘low cost’ Moov).