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Centro de Escuta do São João vai acudir e prevenir situações de luto

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Para além de familiares e amigos, adultos ou crianças, que perderam um ente querido, o Centro de Escuta do CHSJ atende profissionais de saúde, nomeadamente para prevenir situações de ‘stress’ profissional.

Entre 15 a 20% das pessoas em processo de perda de um ente querido podem desenvolver um luto patológico, situação que pode ser evitada com prevenção e que levou à criação, no Porto, de um Centro de Escuta.
O projeto, pioneiro em Portugal e inspirado num modelo de Madrid (Espanha), está a ser implementado no Centro Hospitalar de São João (CHSJ), integrado no Serviço de Humanização desta unidade de saúde.
Surgido em setembro de 2014, o Centro de Escuta é composto por voluntários formados em escuta ativa, que “ouvem de forma especial” e se disponibilizam para o que for necessário, ainda que possa ser para ficar calado.
As pessoas que recorrem a este serviço não são doentes nem utentes do hospital, são pessoas que estão num processo de perda ou situação emocional e precisam de ajuda.
“A marca mais dramática da existência é o sofrimento, a dor e muitas vezes o morrer. Há que perceber que para além de cada doente está alguém que sofre”, explicou à agência Lusa o diretor do Serviço de Humanização do CHSJ, Filipe Almeida.
Em média, por ano, morrem no Hospital de São João 2.000 pessoas. Cada pessoa pode influenciar cinco, o que implica que a situação de perda, de luto, pode atingir cerca de 10.000 pessoas.
Segundo Eduardo Carqueja, responsável pelo Centro de Escuta do CHSJ, 15 a 20% das pessoas podem desenvolver “um luto complicado”, o que corresponde a que 1.500 a 2.000 mil pessoas possam desenvolver luto patológico, uma situação que pode atingir uma depressão e/ou comportamentos de muita ansiedade.
Com cerca de 15 voluntários, oriundos de várias áreas como psicologia, ação social e enfermagem, o Centro de Escuta tem como primeira missão “o bem-estar das pessoas que perdem alguém, mas também é muito importante a prevenção”, afirmou o também psicólogo e pós-graduado na área do luto.
Cerca de duas dezenas de pessoas já foram atendidas no Centro sendo que o processo termina quando quer a pessoa que é escutada, quer quem escuta, percebe que é altura de terminar ou de fazer o encaminhamento para outros serviços.
Para além de familiares e amigos, adultos ou crianças, que perderam um ente querido, o Centro de Escuta do CHSJ atende profissionais de saúde, nomeadamente para prevenir situações de ‘stress’ profissional.
Nas sessões, individuais ou em grupo, privilegia-se a “ajuda mútua”, com “sensibilidade e respeito” para com vai expressar os seus sentimentos.

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