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Células estaminais ajudam crianças a recuperar de doença rara associada à covid-19

Células estaminais ajudam crianças a recuperar de doença rara associada à covid-19

Um estudo científico publicado na revista oficial da Academia Americana de Pediatria, “The American Academy of Pediatrics”, revelou que o tratamento com células estaminais favorece a recuperação de crianças com Síndrome Inflamatorória Multissistémica em Crianças (MIS-C), uma doença que surge na sequência da infeção pelo SARS-CoV-2. 

Explicando que a MIS-C é uma doença rara que pode surgir em crianças devido a uma desregulação do sistema imunitário, na sequência da infeção pelo vírus que causa a covid-19, os investigadores sublinham que a doença foi detetada, pela primeira vez, na Europa, em abril de 2020. A sua prevalência tem, entretanto, “vindo a aumentar”. 

Entre os principais sintomas, estão a febre alta persistente, erupções cutâneas, conjuntivite e dores no corpo. Contudo, estes podem ser seguidos por “sintomas mais severos”, decorrentes da insuficiência cardíaca que frequentemente desenvolvem.  

O estudo em causa envolveu duas crianças diagnosticadas com MIS-C, que foram tratadas com um produto de terapia celular – designado Remestemcel-L – à base de células estaminais mesenquimais da medula óssea. A opção por este tipo de células, explicam, deve-se aos seus “efeitos anti-inflamatórios, de regulação do sistema imunitário e de estimulação da reparação de tecidos danificados e da formação de novos vasos sanguíneos”. 

As crianças, uma com quatro anos e outra com 10, eram saudáveis e começaram por apresentar febre alta persistente, sintomas gastrointestinais e mal-estar geral durante cerca de cinco dias, tendo sido depois hospitalizadas com hipotensão, insuficiência renal aguda, choque, disfunção cardiovascular e marcadores inflamatórios muito elevados.  

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Foram “tratadas com medicação convencional”, incluindo corticosteroides e anticoagulantes. Contudo, embora se tivesse observado “alguma melhoria do seu estado clínico”, só quando receberam a terapia com células estaminais, no âmbito de um tratamento experimental, se verificaram efetivas melhorias. 

“As crianças receberam duas infusões intravenosas de Remestemcel-L, com 2 dias de intervalo, que resultaram na normalização da função cardíaca e da inflamação, o que permitiu que tivessem alta entre dois a cinco dias após o segundo tratamento com células estaminais”, lê-se na nota divulgada. 

Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, considera que tendo em conta o “sucesso” deste tratamento, “a utilização de células estaminais mesenquimais parece constituir uma opção terapêutica promissora no tratamento da síndrome inflamatória multissistémica pediátrica associada à Covid-19”.  

Atualmente, aproximadamente 1100 pessoas, incluindo 311 crianças, foram já tratadas com o Remestemcel-L, com um “perfil de segurança e eficácia favorável”.  

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