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Catarina Barreiros

Catarina Barreiros

“Combater o desperdício alimentar é a poupança ambiental mais importante”, garante Catarina Barreiros

Com mais de 73 mil seguidores no Instagram, Catarina Barreiros inspira, diariamente, os seus seguidores a lutar por um mundo mais sustentável e a proteger aquilo que diz ser o que existe de mais precioso, o Planeta. No primeiro confinamento geral que Portugal enfrentou, em abril e maio do ano passado, explodiu com a internet ao dizer que aproveitava a água de aquecer o banho para outras utilidades como lavar as mãos, os dentes ou descarregar o autoclismo. “Foi um «boom» gigante, um momento de viragem”, assegurou, revelando que começou o ano de 2020 com cerca de 20 mil seguidores e terminou-o com mais 30 mil. Há cerca de três anos que não compra uma única peça de roupa, não usa papel higiénico em casa e garante que um dos seus maiores pecados “é o chocolate”. “Tem um grande impacto ambiental a nível hídrico, mas também a nível social”, explica a autora do blog e do podcast “Do Zero”, onde promove uma vida sem lixo e desperdício.

Este mês estivemos à conversa com a guru da sustentabilidade Catarina Barreiros. Entre dicas de como reduzir a quantidade de lixo que produzimos diariamente, alcançar uma rotina mais sustentável e, simultaneamente, reduzir a nossa pegada ecológica, contou-nos tudo sobre o seu percurso em prol da sustentabilidade… e desengane-se se pensa que sempre foi assim! A também influenciadora digital, formada em arquitetura e gestão, conta com um percurso profissional que já passou por áreas tão diversas como o styling de moda, o marketing digital e a indústria farmacêutica.

Um testemunho inspirador, contado na primeira pessoa, que leva a uma introspeção urgente sobre gestos que muitas vezes podem parecer inofensivos – como abrir uma torneira, comer uma tablet de chocolate ou comprar uma mera peça de roupa -, mas que têm um impacto gigante no ecossistema.

Como e quando começou este caminho em prol da sustentabilidade? Fale-nos um pouco sobre o seu percurso.

Foi sendo um processo natural. Acredito que ajudou muito ter nascido numa casa onde as pessoas eram muito poupadas e, ao mesmo tempo, muito respeitadoras do ambiente. Lembro-me que tinha quatro ou cinco anos e já reciclava. E isto em Portugal não era a norma. A minha mãe é professora e o meu pai também. São pessoas ligadas à necessidade da educação e, portanto, percebiam esse esforço… mas mesmo a minha avó sempre aproveitou tudo. Nós nunca compramos panos, por exemplo. Eram sempre coisas reaproveitadas. Ela ensinou-me a coser, a remendar … Guardava os sacos plásticos, lavava e punha no estendal para depois voltar a usá-los. Era e é uma pessoa muito cuidadosa. E isto sempre teve um bocadinho de efeito em mim!

O tempo foi passando. Eu trabalhei em moda, era um bocadinho mais consumista do que gosto de admitir, e conheci o meu marido. Fui com ele a uma conferência da Bea Johnson, na altura ainda era completamente viciada em fast-fashion, e gostei imenso da conferência, mas saí de lá um pouco incomodada. Achei que aquilo era demais. Depois fui aprendendo, aos poucos, lendo sempre mais e mais sobre o assunto. E pensei “ok, temos mesmo que fazer alguma coisa”. E foi assim que as coisas foram evoluindo…

Como foi a adaptação?

Foi lenta. Eu sou a maior apologista de mudar as coisas aos poucos. Mudar tudo de uma vez normalmente dá asneira, porque nós somos criaturas de hábitos e há hábitos que estão muito enraizados, seja culturalmente ou socialmente. Mas, atualmente, eu confesso que às vezes tenho dificuldade em falar, nas redes sociais, sobre as coisas que faço em minha casa, porque não me parece que sejam uma novidade. Eu estou tão habituada às coisas que faço que penso “o que é que eu vou dizer que seja assim tão especial?”.

Quais foram os principais comportamentos que adotou desde que surgiu esta preocupação?

O primeiro foi deixar de consumir moda descartável. Sempre que precisava comprava em segunda mão ou em marcas mais responsáveis. Mas, em praticamente três anos, só senti necessidade de comprar roupa duas vezes. Antes ia todas as semanas às compras, o que é ridículo. Mudei completamente do 80 para o 8.

Depois comecei a escolher melhor a maneira como fazia as minhas compras de supermercado. Mudei a minha alimentação, que, na realidade, já tinha vindo a modificar há alguns anos. Desde o primeiro ou segundo ano da faculdade que já estava a fazer uma dieta predominantemente vegetariana, mas tornei essa decisão mais efetiva.

Comecei por alterar estes dois hábitos e foram as mais importantes. Depois, seguiu-se toda uma panóplia de poupar água, de fazer compostagem, etc.

Há um determinado momento em que o interesse pela sustentabilidade ultrapassou completamente a barreira pessoal e passou a ser um trabalho. Quando e como é que isso aconteceu?

Foi também um bocadinho orgânico. Eu estava a trabalhar numa farmacêutica e, entretanto, surgiu uma gravidez de risco, que significava ficar em casa, no sofá ou na cama. E como eu não sou de ficar quieta, pensei logo “não vou aguentar estar a ver televisão o dia todo. Vou fazer alguma coisa com a minha vida, vou investigar mais sobre o tema”. E então o projeto cresceu imenso durante essa altura. Comecei a dedicar-me sempre mais e despedi-me pouco depois da minha filha nascer. Já lá vai mais de um ano. E, portanto, só há um ano e pouco é que estamos oficialmente em modo full professional, mas já trabalho nisto há quase três anos.

Em termos de visibilidade, nas redes sociais, o verdadeiro boom deu-se quando partilhou que guardava a água de aquecer o banho para outras utilidades, nomeadamente para lavar a loiça, cozinhar, regar as plantas, etc.

Sim, foi inacreditável. Esse foi o momento de viragem, talvez. Eu comecei o ano de 2020 com cerca de 20 mil seguidores, fiz essa partilha no primeiro confinamento geral – março ou abril – e cheguei ao fim do ano com 50 mil seguidores. Portanto, foi mesmo um boom gigante.

Depois do podcast e do blog, “Do Zero”, lançou recentemente a sua loja online. Como surgiu esta oportunidade?

A minha ideia inicial era que fosse um sítio onde eu pudesse deixar as minhas recomendações, porque não estava a ser fácil gerir a quantidade de mensagens que me chegava todos os dias a perguntar “onde é que compras isto” ou “qual o produto que usas”, etc. Então pensei “vou pôr tudo numa loja e depois as pessoas podem ver o que eu uso e o que recomendo e, se quiserem, comprar. Ingenuamente comprei três produtos de cada dos que eu usava para vender. Fui tonta porque, efetivamente, não percebi que as pessoas iam querer comprar na loja… Então, no espaço de um mês, houve um crescimento brutal, tanto que eu praticamente não consegui fazer mais nada se não tratar da loja. Neste momento, cerca de cinco meses depois, já encomendamos às 100 unidades de cada vez. Portanto, efetivamente a loja cresceu! E fico feliz por ver que cresceu, mas sempre de maneira sustentada. Continuamos a não precisar de matéria prima nova para fazer os embalamentos e os envios, continuamos a usar apenas as embalagens que nos chegam para fazer os enchimentos a granel e a reaproveitar todas as caixas. Não há um milímetro de matéria prima nova nos nossos envios.

Do que mais se orgulha ao longo deste trajeto?

Da comunidade incrível que criei no Instagram. Soa o maior clichê da vida, mas é verdade. Não é, de todo, uma comunidade normal. A esmagadora maioria são pessoas que estão mesmo à procura de dar o seu melhor, que também sabem que somos todos humanos, que erramos e que ninguém faz tudo perfeito todos os dias. Sabem perfeitamente que eu não sou perfeita e o que é bom é que eu nunca senti que houvesse essa pressão de o ser. Penso que também terá a ver com o discurso que eu promovo. Mas só o consigo fazer porque há pessoas muito boas à minha volta. E tenho muita sorte nisso.

Um dos grandes pecados da Catarina é o chocolate…

Sim. Aliás, eu estou neste momento a olhar para uma tablete de chocolate e a pensar “não vou comer, não vou comer”. O chocolate é um dos meus pecados. E não podemos esquecer que tem um grande impacto ambiental a nível hídrico, mas também a nível social. Ainda existe muita escravatura associada ao cacau. O que eu faço para colmatar essa “falha” é escolher chocolate que seja certificado UTZ, que é uma das certificações que existe e uma das mais interessantes. Ainda assim não é perfeito. Eu devia evitar comer chocolate ou pelo menos evitar comer na quantidade que como… É um dos grandes problemas que tenho!

Qual é a grande poupança ambiental que faz?

Combater o desperdício alimentar. É a poupança mais importante que todos nós podemos fazer nas nossas casas. Não deitar comida fora, escolher comida nos supermercados que esteja em fim de vida ou que esteja com pior aspeto porque mais ninguém a vai buscar. É planearmos as nossas refeições, é comermos as quantidades necessários e não em excesso. Evitar o desperdício, evitar o desperdício, evitar o desperdício é o número um, o número dois e o número três com mais impacto daquilo que eu faço.

E o número quatro?

Será talvez a alimentação de base vegetal. E, aqui, eu estou a basear-me num projeto onde me guio para falar destes números. Nas tabelas está em primeiro lugar o combate ao desperdício alimentar e em segundo a alimentação de base vegetal, que não significa ser estritamente vegan ou estritamente vegetariano, apenas fazer uma redução bastante drástica do nosso consumo de carne vermelha. E quando digo bastante drástica é, por exemplo, um bife de 100g a cada quase 10 dias.

Que fim dá aos poucos resíduos que produz?

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Tentamos sempre que os resíduos que fazemos em casa sejam compostáveis. Por exemplo, algumas cascas de citrinos, que não podemos colocar no vermicompostor, são compostáveis de outra forma, em compositores de jardim, por exemplo, ou em compostagem industrial, que, atualmente, em Portugal, ainda é muito reduzida.

O que tentamos sempre é aproveitar a matéria orgânica em casa e que tudo o resto seja pelo menos reciclável. Papel reciclável ou reutilizável, plásticos também sempre recicláveis… É inevitável as pessoas comprarem alguma coisa que venha sem plástico. Também nos acontece em casa. O que fazemos é que, quando compramos, escolhemos plástico que seja mais fácil de reciclar, ou seja, que seja maior, que seja de embalagens, que seja transparente, que seja PET, de preferência, que é mais reciclável. Temos todos esses cuidados.

É difícil ter uma vida sem desperdício?

Desperdício zero, ou seja, fazer zero resíduos é praticamente impossível, mas vale a pena tentar. Possivelmente não ficaremos no zero, mas havemos de ficar muito abaixo daquilo que fazíamos inicialmente. A minha mãe sempre me disse que se estuda para 20 para se ter 18 e que se estudarmos para 18 provavelmente temos 15. Então, o que nós fazemos com a sustentabilidade é isto, é estudar para 20.

A preocupação com a sustentabilidade é algo que tenta passar para a sua filha Graça?

Sim. Penso que para ela isto vai ser tudo muito óbvio. A Graça mexe no compostor, mexe na horta… Ela com um ano e meio percebe que o cartão vai para um sítio e o plástico vai para outro. Gosta de mexer nos nossos contentores da reciclagem na cozinha. E gosta de pôr as coisas nos sítios certos, efetivamente. Portanto, eu acho que esta preocupação vai nascer com ela. Fraldas reutilizáveis, por exemplo, são a única realidade que ela conhece, roupa em segunda mão também… Ela não vai fazer sempre tudo híper mega sustentável, vai ser uma criança como todas as outras. Mas naquilo que a nossa vida influenciar a dela, como todos os pais influenciam os seus filhos, há de seguir o nosso exemplo.

Considera que as fraldas reutilizáveis são bem aceites pela sociedade ou acha que ainda há algum estigma em relação a isso?

Tenho conhecimento de algumas pessoas que sentem estigma. Eu, pessoalmente, não senti. Na creche da Graça nunca foi um tema. O que acontece é que às vezes até há mais curiosidade e as pessoas ficam com vontade de perceber como é que se usa e se é ou não fácil. Se eu estiver em algum restaurante e precisar de ir mudar uma fralda à casa de banho, o que geralmente há são olhares de “como é que será que isto se faz” e noto que as pessoas ficam a lavar as mãos durante mais tempo para tentar ver o que eu estou a fazer. Mas nunca senti o estigma de “isso é nojento”.

Que conselhos dá a quem está a tentar mudar os seus padrões de consumo de fast-fashion, por exemplo?

É perceber um bocadinho qual é o legado que nós queremos deixar no mundo. Toda a gente sabe que existe escravatura associada à produção de roupa em alguns países e em algumas fábricas. Então, basta pensarmos no impacto que queremos deixar – “Eu quero votar com o meu dinheiro em empresas que estão a escravizar crianças e mulheres ou quero apostar num negócio que é responsável e em tudo o que pode dá o seu melhor ao mundo?”. E eu sei muito bem o mundo que quero. É um mundo onde todas as crianças possam ter a mesma felicidade e a mesma vontade de brincar. Eu não quero ver crianças de quatro anos enfiadas numa fábrica a trabalhar. Portanto, para mim é muito óbvio, que é “se fosse a minha filha a estar lá eu ia na mesma comprar esta camisola? Ia na mesma fazer sentido para mim comprar uma camisola que continua a pô-la a trabalhar na fábrica?”. A mim não me faz sentido nenhum. E por isso é pensar um bocadinho nas pessoas. Eu sei que elas estão longe, que isso às vezes não nos ajuda a ter empatia, mas elas existem. E se calhar podemos dar-lhes nomes, nomes de pessoas de quem gostamos. Se temos uma sobrinha chamada Filipa dizemos “Imagina a Filipa a trabalhar numa fábrica a troco de uma refeição por dia”. Eu não acho que isso seja digno e não quero ajudar a contribuir para que isso aconteça.

Se todos fizéssemos esse exercício faríamos, certamente, escolhas mais conscientes. Ninguém diz que essas marcas devem, de repente, deixar de existir. Elas devem é promover melhores práticas laborais e promover a educação das crianças, porque se nós nos recusarmos a comprar enquanto elas não mudarem elas mudam. Nenhuma marca quer acabar.

De que forma podemos reduzir a quantidade de lixo que produzimos diariamente?

Pensar muito bem naquilo que é necessário consumir e reutilizar. Muitas das coisas que nós achamos que são lixo na verdade não o são. Têm é de ser usadas de outra forma e temos que pensar criativamente o que fazer com elas. A maior parte do lixo que se faz são de coisas que não é necessário comprar. Portanto, é urgente repensar o consumo.

Quais as principais dicas que deixa aos nossos leitores para que tenham uma rotina mais sustentável?

Posso dar aquela mais básica de pensar nos R’s. Primeiro recusar, depois reutilizar, repensar e no final de tudo é que está a reciclagem. Eu diria que o mais fácil é pensar em três vertentes – água, energia e matéria prima – e que tudo aquilo que nós consumimos as está a afetar. Tudo tem um custo energético, tudo tem um custo hídrico e tudo tem um custo em termos de recursos. Portanto, é preciso pensar muito bem se vale a pena consumir determinado produto face ao gasto que estamos a fazer de água, energia e matéria prima. “Sabendo que vou estar a tirar alguma coisa ao ecossistema, como é que eu posso fazer para devolver essa água, essa matéria prima e essa energia?”. Normalmente são estas três vertentes em que eu penso mais, além da parte social.

No que respeita aos gastos de água, costumo dizer que sempre que se abre uma torneira deve pensar-se se é realmente necessário abri-la. Cada vez que a água está a correr deve pensar-se “esta água está a correr por alguma utilidade ou está mesmo a correr porque eu estou a lavar as mãos e não me lembrei de a fechar?”. Cada vez que a água está aberta está a ir-se embora.

Os portugueses mudaram muito dos seus hábitos de consumo no último ano, sobretudo no que respeita aos transportes, devido à obrigatoriedade do teletrabalho e aos dois confinamentos gerais que vivemos até então. Acha que esse será um hábito que se vai manter no período pós-pandémico?

Se eu quiser ser otimista vou dizer que se mantém, porque as empresas já perceberam que há vantagens no teletrabalho. Contudo, não são todas as pessoas que podem trabalhar em casa. Por isso, precisamos de continuar a apostar em mobilidade mais sustentável, em melhores transportes públicos, redes mais eletrificadas, etc. Acredito que muitas pessoas vão optar por essa maneira flexível de trabalhar, sobretudo as empresas mais recentes, que tenham trabalhadores entre os 20 e os 30 anos, que são os que já começam a reivindicar estes direitos. Acho que aos poucos vai acontecer, mas se houvesse legislação que incentivasse o teletrabalho chegávamos lá muito mais depressa.

Que outras alterações considera que a pandemia de covid-19 produziu?

Negativas imensas, sobretudo na sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Saúde em baixo significa muito más notícias para a sustentabilidade. Em termos positivos destaco o facto de não estarmos a voar. Tem trazido muitos benefícios. Já se comprovou, inclusive, que baixaram os níveis de poluição nas cidades que pararam durante o confinamento. E isso são obviamente boas notícias.

Agora, a dúvida é se quando tudo abrir as pessoas vão começar todas a viajar que nem loucas… Pode também haver também uma crise económica brutal, que também não é bom para a sustentabilidade, porque se as necessidades básicas não estiverem satisfeitas as pessoas não vão conseguir pensar nas necessidades seguintes, ou seja, não conseguem prever a longo prazo. Se eu não conseguir dar comida aos meus filhos, eu quero lá saber se o que lhes dou é carne de vaca, que é a pior para o ambiente. Dou-lhes o que conseguir, claro. E, portanto, temos que ter aqui alguma sensibilidade para tentar controlar problemas sociais e económicos que se avizinham, sem que isso coloque em causa os limites do Planeta.

Olhando para trás, quais são as principais diferenças na vida da Catarina de antes e de agora? 

Agora durmo pior à noite… e não é por causa da Graça. Estou sempre a pensar nestes assuntos. Respirar tem impacto, não é? E isso também gera um bocadinho de “ecoansiedade”, às vezes. Também me tornei uma pessoa mais consciente e mais alerta para os problemas dos outros. Deixei de pensar, se calhar, de uma maneira tão egocêntrica e mais “ecocêntrica”. A sustentabilidade é um mundo complexo, mas, ainda assim, vale a pena apostar nele!

Quando o João a levou à conferência da Bea Johnson imaginava que, um dia mais tarde, também a Catarina iria deixar de usar papel higiênico, por exemplo?

Não, eu saí da conferência nesse preciso momento. Assim que ela disse que não usava papel higiénico eu olhei para o João e disse “é o meu limite, vamos embora”. Portanto, eu percebo perfeitamente a controvérsia do assunto e compreendo que seja um bocado esquisito. É engraçado porque mais tarde a Bea Johnson disse que não tinha conseguido deixar o papel, que tinha voltado a usar e hoje em dia sou eu que não uso. Não sinto nenhuma necessidade.

O que sente que ainda lhe falta fazer para reduzir mais a sua pegada ecológica?

Preciso de trocar de carro. Praticamente não o utilizo, se andar de carro uma vez por semana é muito. Ando de bicicleta e a pé… Mas ainda tenho um carro a combustível. E para viagens maiores, como passar férias ou até em trabalho, ainda usamos este carro e não pode ser. Estamos a pensar vender o carro e a alugar elétricos sempre que precisarmos. Pela quantidade de vezes que usamos um carro, penso que chega perfeitamente. É mesmo muito pontual.

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