Agosto é um mês de férias que oferece várias oportunidades para explorar a cidade, e entre os locais que merecem destaque está a Casa São Roque, cuja história remonta ao século XVIII. Inicialmente conhecida como Casa Ramos Pinto, foi uma residência e pavilhão de caça para a burguesia e nobreza do Porto. No século XIX, a família Ramos Pinto, famosa pela produção de vinho do Porto, adquiriu a casa, que foi posteriormente remodelada e ampliada pelo arquiteto José Marques da Silva, transformando-a num elegante palacete com influências dos historicismos franceses e da art nouveau belga.
Em 1979, a Câmara Municipal do Porto comprou a propriedade ao seu último dono, preservando o mobiliário e objetos de maior valor, que agora integram a coleção da Casa do Roseiral. A Casa São Roque, também conhecida como Palacete Ramos Pinto ou Quinta da Lameira, foi restaurada sob a supervisão do arquiteto João Mendes Ribeiro, mantendo o seu estilo original. Rodeada pelo Jardim do Parque de São Roque, projetado por Jacinto de Matos, a propriedade conserva elementos como camélias centenárias, um mirante, uma gruta e um caramanchão, testemunhos dos jardins de época.
Em outubro de 2019, a Casa São Roque foi transformada num centro de arte contemporânea, dedicado a exposições e eventos culturais. Esta renovação marcou um novo capítulo para o espaço, que Pedro Álvares Ribeiro, colecionador e responsável pela Casa, pretende tornar num símbolo cultural do Porto, aberto à cidade e ao mundo.
Com mais de quatro hectares de jardins e uma rica história ligada à nobreza portuense, a Casa São Roque – Centro de Arte oferece uma combinação única de patrimônio histórico e cultural, integrando arte contemporânea num cenário repleto de tradição.