Não há interessados na compra do imóvel denominado Casa Manoel de Oliveira, segundo adiantou hoje a autarquia portuense, frisando que, “a seu tempo”, tomará as medidas adequadas “para limitar o prejuízo de um projeto que falhou”. O prazo para a venda do equipamento por ajuste direto termina esta quinta-feira. Projetado há duas décadas, o espaço foi concluído há 12 anos para ser casa e museu de Manoel de Oliveira.
“A casa não teve o destino que quem a imaginou pensou que ia ter. A hasta pública e o ajuste direto foram uma tentativa de limitar prejuízos de um projeto que falhou. Mas não houve, até agora, interessados”, anunciou fonte municipal. O futuro do imóvel, situado na zona da Foz, na rua Diogo Botelho, ainda não está definido. Com projeto assinado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura, o equipamento construído pela autarquia nunca foi usado ou alvo de acordo formal com o cineasta, que morreu no início de abril, com 106 anos. Em 2014, já depois da Fundação de Serralves ter assinado um protocolo com a família de Manoel de Oliveira para acolher o seu espólio, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, decidiu vender o imóvel da Foz por considerar não fazer sentido “manter uma casa que nunca foi utilizada”.