
A partir desta terça-feira e durante uma semana, a Casa da Música será a “Casa do Mário”. O músico, na vertente solista/compositor, interpretará duas obras suas com orquestra sinfónica e com ensemble, será um solista inesperado num concerto de Bach, será líder de um dos seus trios de jazz e será também programador, escolhendo alguns dos compositores com os quais mais se identifica.
Mário Laginha propõe ainda um concerto de um jovem solista da nova geração do jazz, saxofonista, já distinguido com o Prémio Jovens Músicos e que encerra o ciclo “Casa do Mário”, no dia 15. A escolha recaiu sobre Ricardo Toscano. “Pediram-me para escolher um músico da nova geração, escolhi Ricardo Toscano, de 20 anos. Quando o ouvimos tocar pensamos como é que alguém com 20 anos pode tocar assim. Conheci-o com 15 anos, quando tocava clarinete. É uma ótima sensação perceber que há muitos músicos bons que não param de aparecer, é uma satisfação e uma preocupação. Espero é que exista dinheiro para a cultura para que pessoas tão boas tenham trabalho”, referiu o pianista.
Ricardo Toscano tem colaborado com músicos como Carlos Barretto, Nelson Cascais, Júlio Resende, Afonso Pais, André Fernandes e João Moreira, entre outros. O Ricardo Toscano 4Teto é influenciado por alguns dos grandes nomes do jazz, como Wayne Shorter, Herbie Hancock, Miles Davis e John Coltrane.
O ciclo inicia-se esta terça-feira com um concerto com o Remix e com a obra “Até aos Ossos”, encomendada para a inauguração da Casa da Música, em 2005.
Para o concerto de sábado com a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Mário Laginha escolheu, além do seu “Concerto para piano e orquestra”, obras de Béla Bartók, J. S. Bach e Bernd Alois Zimermann. Com o seu trio, atuará no domingo.