
Com uma “programação intensa para todos os públicos”, a agenda da Primavera da Casa da Música irá contar com “cerca de 98 concertos”, realçou esta quarta-feira o diretor artístico da instituição, António Jorge Pacheco.
O período da Páscoa é celebrado com a apresentação, a 4 de abril, de “Stabat Mater Dolorosa”, obra encomendada pela instituição, pela BBC e pelo Huddersfield Contemporary Music Festival ao compositor em associação James Dillon, interpretada pelo Remix Ensemble e pelo Coro Casa da Música, em estreia em Portugal.
Inserido na BoCA – Bienal de Arte Contemporânea, a Casa da Música e o Crinabel Teatro apresentam, a 21 de abril, “Guia Prático para Artistas Ocupados”, “um exercício prático e multidisciplinar, partilhado com o público”, que terá direção musical do Digitopia Collective.
O mês de abril marca ainda o regresso do ciclo Música & Revolução, desta vez destinado aos “escândalos nos Proms”, nome de uma série de concertos anuais que desde 1895 leva a música clássica a vários palcos em Londres, revisitando apresentações no festival do compositor em residência em 2017, Harrison Birtwistle (“Panic”, em 1995), de Peter Maxwell Davies ou Arnold Schoenberg, entre outros, através do Remix Ensemble, em duas atuações a 29 e 30 de abril.
Em maio, a programação da Casa da Música organiza-se em torno do “Rito da Primavera”, um ciclo que se “desdobra em várias vertentes: os jovens intérpretes, as novas tendências do jazz e a música portuguesa contemporânea”, lê-se na agenda do trimestre.
Na agenda estão ainda seis recitais do programa ECHO Rising Stars pela mão “daqueles que poderão ser os grandes solistas de um futuro próximo”, afirmou a instituição, bem como o Spring On!, dedicado aos projetos emergentes do jazz, ou ainda a apresentação de composições clássicas de autores nacionais pelo Remix Ensemble e pela Orquestra Sinfónica.
Um dos destaques do próximo trimestre é o Verão na Casa, que irá arrancar em junho.
O ciclo inclui concertos ao ar livre e atuações do pianista Alexander Romanovsky com a Orquestra Sinfónica do Porto (9 de junho), o programa para a noite de São João com a Banda Sinfónica Portuguesa num concerto “aberto à cidade”, ou o “Piano Caos”, ponto de encontro da música eletrónica e clássica através da exploração das “enésimas possibilidades de composição em suporte tecnológico” que a Digitopia Collective leva a palco a 10 de junho.
O serviço educativo da instituição volta a produzir, em conjunto com a Câmara Municipal de Matosinhos, o espetáculo “Romani 2.0”, segundo momento de um trabalho teatral entre a comunidade cigana daquele concelho e o Balleteatro, com estreia inicialmente prevista para 18 de junho de 2016, mas então cancelado, estreando-se agora a 20 de junho.
A programação do trimestre inclui ainda nomes como Macy Gray (5 de abril), o pianista Grigori Sokolov (25 de abril), Snarky Puppy (26 de abril), o guitarrista Al Di Meola (31 de maio) ou Anette Peacock (7 de junho), além da continuação da integral das sinfonias de Brahms.