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Junta da Galiza

Casa Coração de Jesus

Casa Coração de Jesus

Na família há quatro gerações, a Casa Coração de Jesus, inaugurada em 1885, também se tem vindo a reinventar ao longo do tempo. Com mais de 135 anos de vida, nesta casa, agora localizada na emblemática artéria portuense de Mouzinho da Silveira, onde, outrora, existiu um banco, os clientes encontram todo o tipo de artigos ligados ao culto religioso. A garantia é de João Melo, atual proprietário do espaço, que abandonou a área na qual se licenciou, informática, para seguir as pisadas do avô e tios neste negócio.

“O Joaquim da Silva Melo abriu esta loja, na Rua do Copo da Guarda, precisamente no dia em que fez 25 anos. Tinha casado, a sua esposa era uma belíssima bordadora, sendo que a casa foi fundada com essa característica, uma casa bordadora, que fazia trabalhos para todas as necessidades da igreja”, revela. Uma parte interessante, considera o responsável, mas que veio a desaparecer depois do Concílio do Vaticano em 1960/70, que acabou por terminar com esta tradição. A partir de então, as imagens e outros artigos religiosos passaram a ter especial destaque na casa, fator que ainda hoje se mantém.

No número 304, os clientes podem encontrar diversos artigos, como terços, bíblias, quadros, imagens de Nossa Senhora de Fátima, S. Benedito, S. Tiago e inúmeros presépios, curiosamente as peças mais vendidas nesta altura do ano. “50% das nossas vendas são feitas na época do Natal, 30% na Páscoa e 20% no resto do ano”, revela, adiantando que, de janeiro a dezembro, as figuras de Nossa Senhora de Fátima e Santo António são, efetivamente, as mais procuradas.

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João Melo, que se aventurou no negócio por influência do avô, figura com a qual mantinha uma ligação muito forte, implementou uma nova vertente na Casa Coração de Jesus, relacionada com o restauro de artigos. “Eu sempre tive uma certa habilidade para isso e tive a sorte de conhecer um senhor que me ensinou muito. Além da parte técnica, análise e afins, surgiu a oportunidade de fazermos restauros de imagens e altares, por exemplo”, conta. Os trabalhos, feitos num atelier criado propositadamente para o efeito, em Vila Nova de Gaia, envolvem um cuidado extremo no que toca ao manuseamento de todas as peças.

O carinho e envolvimento para com todos os artigos expostos é visível assim que se entra na grandiosa porta da Casa Coração de Jesus e, imediatamente, alargada pelos rostos que recebem os clientes, no qual se inclui, naturalmente, a D. Adelaide, funcionária do espaço há quase 30 anos e considerada a “alma da casa”. “Os clientes gostam muito do que veem quando entram aqui. Criamos sempre uma ligação muito forte com todos eles. Até porque, como gosto de dizer, um cliente é sempre um amigo”, sublinha.

Vocacionado maioritariamente para o público português, o espaço é pouco potenciado pelos turistas, mercado não muito significativo no desenvolvimento do negócio, embora, como aponta João Melo, revelem sempre uma “enorme curiosidade em conhecer a história da casa e o significado de cada uma das peças expostas”.

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