
“A Dor Não Tem de Ser o Triste Fado dos Portugueses” é o mote da campanha de sensibilização lançada pela Grünenthal, com o objetivo de alertar os portugueses para a importância de reconhecer a dor crónica como uma doença – e não como um sintoma –, que precisa de ser adequadamente avaliada e tratada.
A campanha nacional, que associa a dor ao fado e ao “sofrimento” que lhe é característico e tão português, pretende também envolver a comunidade farmacêutica, e estará presente em mais de 200 Farmácias Holon, de norte a sul do país.
A campanha pretende, por isso, encorajar os doentes a falar abertamente sobre a sua dor e a procurar aconselhamento junto de um profissional de saúde.
“O que muitas pessoas desconhecem é que a dor por si só também pode ser considerada uma doença. Em certas situações, a dor persiste por muito tempo e existe sem que haja uma lesão ou uma doença que lhe dá origem.
Existe apenas devido a alguma anomalia na sua transmissão que faz com que, apesar de não existir nenhuma condição para que haja dor, a pessoa sinta efetivamente dor. Neste caso, a dor não tem qualquer tipo de utilidade e é apenas fonte de desconforto e, frequentemente, incapacidade” revela-nos Mariana Rosa, gestora de Projetos e Serviços Farmácias Holon.
“Mas a dor crónica ainda é muitas vezes negligenciada tanto pela população em geral como pelos profissionais de saúde, daí a importância desta campanha. Se tornarmos a dor visível, não é possível ignorá-la”, acrescentou.
Esta campanha está visível nas ruas, através de cartazes, para chegar a um maior número de pessoas.
“Por outro lado, decorre também em 200 Farmácias Holon, onde as pessoas podem, junto dos profissionais de saúde, encontrar mais informação sobre esta doença e fazer uma avaliação da dor. Esta avaliação permite medir o impacto da dor na vida das pessoas e, se pertinente, referenciar para a consulta médica para uma avaliação mais completa e/ou instituição de terapêutica”.
Em termos de impacto da dor crónica deve entender-se que “ao nível individual, para além do desconforto associado, a dor crónica pode também ser a causa de ansiedade, depressão, dificuldades em dormir, irritabilidade, faltas ao trabalho, dificuldade para realizar as atividades do dia a dia, socializar, entre outros. Isto tem um forte impacto na qualidade de vida das pessoas”.
Já “do ponto de vista global, o problema não é menos sério. São vários os estudos que apontam para os elevados custos económicos e sociais desta doença. As faltas ao trabalho, o maior consumo de recursos de saúde, a incapacidade e a perda de qualidade de vida têm impacto na economia do país, o que reforça ainda mais a importância de dar visibilidade a este tema”, remata Mariana Rosa.
A campanha insere-se no âmbito do Dia Nacional da Luta contra a Dor, assinalado no passado dia 19 de outubro. Decorre até ao início de novembro em mais de 200 farmácias e em outdoors por todo o país.