A autarquia portuense quer criar um mercado provisório, nas “imediações” do Bolhão, onde possam ficar instalados os comerciantes durante as obras de requalificação do emblemático espaço comercial da cidade. “Temos o anteprojeto [da requalificação do Bolhão] praticamente pronto, mas temos que ter aqui um investimento que é um mercado temporário. Não queremos fazer as obras com os comerciantes lá dentro, queremos fazer um investimento num mercado temporário, [a instalar] nas proximidades e estamos a fechar negociações com uma entidade que nos pode facultar um espaço”, adiantou esta quinta-feira o presidente da autarquia local, Rui Moreira.
As declarações do autarca independente surgem no âmbito da aprovação do orçamento camarário para 2015, justificando-se, assim, a inscrição “de cerca de 17 milhões de euros para o Programa Mercator e Programa Bolhão”. Segundo referiu Moreira, o mercado provisório será “uma oportunidade de expor o que se está a fazer no Bolhão”, permitindo aos comerciantes um aperfeiçoamento das “suas técnicas de venda”. Rui Moreira sublinhou ainda que o restauro do Bolhão não se pode esgotar “naquilo que está à vista”, uma vez que “o projeto terá que ir sempre para além de arranjar azulejos e retirar apêndices que lá estão”. O autarca reafirmou, assim, o desejo de ter um mercado público, de frescos, e de candidatar o projeto a fundos comunitários, sendo que, das conversas que já teve com membros do Governo e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte, o projeto “é candidatável”.