Apesar de ainda decorrer um estudo para averiguar as condições de todo o património municipal do centro histórico do Porto, a autarquia avançou já para uma “primeira fase” do processo, com a reabilitação, por 200 mil euros (cerca de 7 mil euros por fogo) das 30 casas camarárias “que estavam em melhores condições” e que o vereador da Habitação, Manuel Pizarro, prevê estarem prontas e ocupadas “até ao fim do primeiro semestre do ano”.
Com esta decisão, o município, para além de “promover a reabilitação do seu património”, está também a “reabitá-lo”, sendo que será dada prioridade “aos moradores que saíram do centro histórico na última década”.
De acordo com Manuel Pizarro, “serão entre 250 a 300 famílias que foram transferidas para bairros periféricos”.
O vereador admitiu ainda o regresso de famílias realojadas do centro histórico há mais de dez anos, sendo que as casas camarárias do centro histórico poderão também vir a acolher novos moradores.
As condições de acesso às casas recuperadas são as aplicadas à habitação social, ou seja, agregados familiares “que não podem, por meios próprios, aceder ao mercado de arrendamento normal”.
A reabilitação e a recuperação das primeiras 30 casas situam-se nas zonas de S. Nicolau (19 casas), Sé (sete), Miragaia (três) e Vitória (uma).
Quanto às restantes habitações, a Câmara está ainda a avaliar a situação, uma vez que estas se encontram mais degradadas ou em ruínas e a sua recuperação será mais onerosa.
Os resultados desta avaliação serão conhecidos em breve, assim como os planos da Câmara sobre o que pretende fazer com o património mais degradado e como fazê-lo, concluiu Pizarro.