O presidente da Câmara Municipal do Porto abordou, na quinta-feira, numa conferência de imprensa, realizada a partir dos Paços do Concelho, a polémica envolta ao centro de vacinação drive-thru, instalado no Queimódromo, suspenso desde a última semana devido a alegados problemas de refrigeração.
“Houve um problema, que também já surgiu noutros centros de vacinação. Decidiu-se suspender temporariamente, a meu ver bem”, salientou Rui Moreira, respeitando a decisão tomada pelo Ministério da Saúde e pela task-force, mas acreditando que “é normal e razoável que volte a funcionar”.
Para o autarca, caso a decisão de suspensão se mantenha, tanto a cidade do Porto como a sua população ficarão a perder. “[O centro de vacinação drive-thru] é importante e tem sido importante para a nossa população”, defendeu, indicando que no período compreendido entre 8 de julho e 11 de agosto foram administradas no local 12.500 vacinas.
“A Câmara do Porto vai continuar a disponibilizar meios para que o centro de vacinação continue a funcionar. Agora é ainda mais necessário”, reiterou ainda Rui Moreira, considerando “urgente e necessária” a capacidade de resposta que será preciso dar na vacinação de adolescentes entre os 12 e os 15 anos.
Recorde-se que o município portuense disponibilizou os recursos necessários para a vacinação no Queimódromo, na sequência da parceria estabelecida com a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte), o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) e a Unilabs.
“Demos apoio logístico na montagem do centro de vacinação, meios da Proteção Civil e da Polícia Municipal, e transporte das vacinas em segurança de e para o centro de vacinação do Queimódromo, nos termos das normas da Direção-Geral da Saúde (…) E ainda disponibilizamos o recinto, a limpeza e manutenção e uma ambulância. Tem sido um grande esforço, e a vacinação em Portugal tem corrido muito bem. A Câmara do Porto não inventou nada. Os centros em drive-thru são uma solução testada noutros países”, completou.