Os clubes e associações da cidade do Porto estão isentos do pagamento pela utilização de equipamentos desportivos municipais. A “medida extraordinária”, avaliada em 50 mil euros, vai vigorar “pelo menos até final do ano, sendo depois reavaliada em função da evolução da pandemia”.
“Consciente das dificuldades que os clubes desportivos locais atravessam neste período de pandemia, o Município do Porto decidiu isentar de taxas todos os clubes e associações que utilizam os equipamentos desportivos municipais”, anuncia a autarquia, no seu portal de notícias.
A medida vai beneficiar 25 clubes da cidade, entre os quais o Académico Futebol Clube, Centro de Atletismo do Porto, Clube Desportivo de Portugal, Escola de Rugby do Porto, Grupo Desportivo do Viso, Núcleo Desportivo do Bairro do Bom Pastor, Ramaldense Futebol Clube e Sport Comércio e Salgueiros.
Abrangendo 11 modalidades – atletismo, badminton, basquetebol, futebol, futsal, karaté, kendo, kickboxing, rugby e voleibol -, esta isenção vai ser aplicada em 12 equipamentos da rede desportiva municipal, nomeadamente, os pavilhões Fontes Pereira de Melo, Irene Lisboa, Lagarteiro, Leonardo Coimbra, Nicolau Nasoni, Pêro Vaz de Caminha e Viso, o Parque Desportivo de Ramalde, o Polidesportivo dos Choupos, o Campo Sintético do Viso, o Campo da FADEUP e o Estádio Universitário do Porto.
“Perante todas as adversidades provocadas pela pandemia, esta é mais uma forma do Município do Porto apoiar o desporto e incentivar os clubes e associações locais a não pararem e a não desistirem da sua atividade”, refere a vereadora responsável pelo Pelouro da Juventude e Desporto, citada pelo Porto..
Catarina Araújo considera que “as coletividades desportivas têm um papel fundamental, porque geram sinergias em todas as áreas da sociedade, envolvendo milhares de crianças e jovens. Não podemos deixar que o desporto pare, até porque os danos, por exemplo ao nível da saúde física e mental, seriam irreversíveis”, alerta.
De referir que a Câmara do Porto continuará a comparticipar, “de forma integral”, a inscrição dos atletas dos escalões de formação dos clubes da cidade. Segundo aponta a autarquia, “ao abrigo destes contratos-programa, foram abrangidos 37 clubes e um total de 4.873 atletas, num investimento que ultrapassou os 102 mil euros em 2019”.
Também “a totalidade [d]os custos com a realização dos exames médico-desportivos obrigatórios” continuará a ser assumida pela autarquia, um apoio do qual usufruem anualmente, em média, “mais de 1.000 atletas dos escalões de formação”.
