“Pode não ser uma obra para este mandato, mas está nos planos” da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia a construção de um edifício de serviços, no centro cívico da cidade, na zona onde nascerá o centro de congressos.
O projeto, estimado em 14 milhões de euros, foi apresentado na reunião camarária de segunda-feira pelo vice-presidente da autarquia, Patrocínio Azevedo.
Aos jornalistas, o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, revelou que a construção do edifício de serviços “pode não ser uma obra para este mandato, mas está nos planos. É uma obra pensada na lógica de planeamento do miolo da cidade, enquadrando [o edifício de serviços] no espaço onde vai surgir o centro de congressos, onde está já o edifício da Assembleia Municipal, e junto à praça renovada que agora fica nas traseiras da Câmara”.
O edifício ficará localizado entre as ruas General Torres e a 20 de Junho e terá cerca de 8.000 metros quadrados de área de serviços, com o objetivo de “melhorar a eficácia e a eficiência” no atendimento aos munícipes.
“Resolverá os problemas que temos, uma vez que temos os serviços espalhados pela cidade”, disse o vice-presidente, que é também vereador das pastas de Vias Municipais e Obras Municipais, e adjunto de Eduardo Vítor Rodrigues para a área do Planeamento Urbanístico.
Segundo a agência Lusa, citada pela Rádio Nova, com vista à concretização do projeto, o Município de Gaia aprovou segunda-feira, com a abstenção do PSD, uma permuta de terrenos, ficando a autarquia, através do Fundo Imobiliário Fechado, dona do terreno do gaveto da General Torres com a 20 de Junho e um outro proprietário com um terreno na rua Álvares Cabral.
Ainda de acordo com a Lusa, Eduardo Vítor Rodrigues explicou que “o fundo constrói e a câmara paga ao fundo por via da renda” e que “o proprietário do terreno que interessa à autarquia para instalar o edifício de serviços queria uma capacidade construtiva que não era possível naquele local, mas é possível no terreno permutado”.
Refira-se ainda que a Câmara de Gaia está a preparar estudos sobre a implementação de uma rede de ciclovias na malha urbana do concelho, nomeadamente em Santa Marinha, Mafamude e Canidelo.
“Já existe rede de lazer na orla marítima. Queremos estudar a hipótese de fazer uma para contexto diário e de serviços”, disse Eduardo Vítor Rodrigues que considera este tipo de projetos ligados aos meios suaves de mobilidade como “uma inevitabilidade” na lógica de “cidades sustentáveis” de futuro.