O vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Pedro Baganha, revelou, esta segunda-feira, que existe uma «indefinição» por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) quanto à demolição do Edifício Transparente, um dos imóveis na frente marítima sobre o qual “paira incerteza”.
Em reunião de câmara Pedro Baganha afirmou, durante a discussão da prorrogação do prazo da primeira alteração ao Plano Director Municipal (PDM), fruto do Programa da Orla Costeira Caminha – Espinho (POC-CE), que “há uma indefinição por parte da APA no que diz respeito a esse e outros edifícios”.
Segundo a Lusa, em resposta ao vereador do Bloco de Esquerda, Sérgio Aires, o vereador com a pasta do Urbanismo explicou que no início estava prevista a demolição do Edifício Transparente, mas que “depois foi publicado no «site» da APA um conjunto de planos de praia que determinam exceções”.
Para Pedro Baganha, são esses planos que podem vir a determinar a “não obrigatoriedade de demolição” do Edifício Transparente, mas os mesmos estão “desatualizados”.
“Se inicialmente a APA queria demolir, neste momento a APA parece estar disposta a abrir excepções a esta regra geral”, frisou, acrescentado que o Edifício Transparente é um dos imóveis sobre os quais “pairam incerteza”.
Também Rui Moreira, presidente do município portuense disse que sobre esta matéria “a APA nem ata, nem desata”.
“À segunda, terça e quarta a APA tem uma opinião. À quinta, sexta, sábado e domingo tem outra”, sublinhou o autarca, citado pela agência de notícias, acrescentando que tal “indefinição” impede o concessionário de fazer eventuais remodelações no espaço.
Recorde-se que o Edifício Transparente, projetado pelo arquiteto catalão Solà-Morales, custou 7,5 milhões de euros e foi construído durante a Capital Europeia da Cultura em 2001.
Foto: Wikimedia commons
