A Câmara Municipal do Porto, a EDP Distribuição e a Agência de Energia do Porto (AdEPorto) assinaram, na quinta-feira, um memorando de entendimento, que prevê o desenvolvimento de soluções de tecnologia em áreas como “a produção descentralizada, a otimização do carregamento para a mobilidade elétrica e a iluminação pública” e tem como objetivo “acelerar, de forma efetiva e eficaz, a transição energética” no Porto.
Durante a cerimónia, que decorreu nos Paços do Concelho, Rui Moreira relembrou, segundo adianta o Porto., que o município tem já assumido uma posição liderante nos últimos anos nestas matérias, em consequência da aposta “no pilar transversal da sustentabilidade”.
“A sustentabilidade é um dos pilares estratégicos do município e, como tal, o tema da transição energética é absolutamente crítico para a mudança de paradigma. Acreditamos que as cidades podem ter um papel determinante nesta matéria e é por isso que o Porto tem investido em vários eixos, num claro reforço do seu compromisso com a mobilidade elétrica, a utilização eficiente de energia ou na reabilitação do seu edificado, de onde já saíram mais de 100 milhões de euros, dos nossos cofres, só nos últimos anos”, reforçou ainda, dando como exemplo o facto do Porto ter sido “pioneiro na transição para a mobilidade elétrica da sua frota automóvel com mais de 70% de eletrificação, o projeto “Porto Solar”, que engloba a instalação de 1MW (megawatt) de produção de energia fotovoltaica em 29 edifícios municipais e o concurso público internacional para o fornecimento e instalação de luminárias de tecnologia LED em toda a cidade.
De acordo com a nota divulgada, todo este trabalho visa posicionar a cidade como um “produtor de energia renovável, quer através de projetos de autoconsumo quer estudando a forma de implementar futuras comunidades energéticas, envolvendo as novas gerações”.
No âmbito do acordo celebrado entre a Câmara Municipal do Porto, a EDP Distribuição e a Agência de Energia do Porto (AdEPorto), está a criação de um “centro para a transição energética”, que a autarquia descreve como um “local para o envolvimento do cidadão e restantes entidades, que permita a demonstração e apresentação das diversas iniciativas associadas a estes temas”.
Recorde-se que o Porto assumiu o compromisso de, até 2030, reduzir em 50% as emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) no território, no âmbito do “Pacto dos Autarcas para o Clima e Energia”, e, até ao momento, já reduziu em 37% essas emissões, estando, por isso, “bem lançado para atingir o objetivo”, revelou o vice-presidente e vereador Filipe Araújo, durante a sessão.
Até 2050, a cidade quer ainda atingir a neutralidade carbónica, razão pela qual, considera o município, precisa de continuar a “investir em soluções energéticas inovadoras e em projetos capazes de conduzir esse desígnio a bom porto”.
