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Câmara do Porto prevê gastar cerca de 2,8 milhões de euros com deslocação de comerciantes do Bolhão

Câmara do Porto prevê gastar cerca de 2,8 milhões de euros com deslocação de comerciantes do Bolhão

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Devido à reabilitação do edifício, com início previsto em 2018, a Câmara do Porto prevê gastar pelo menos 2,8 milhões de euros com despesas de “deslocação”, “suspensão de atividade” ou “perdas de faturação” de comerciantes do Mercado do Bolhão

Refira-se que a estimativa, a que a Lusa teve acesso, faz parte de duas propostas que vão ser votadas na reunião camarária pública desta quinta-feira, relativas à retificação dos acordos a celebrar com os 66 comerciantes do interior do mercado que se vão transferir para o Mercado Temporário do Bolhão (MTP) e com os “inquilinos das lojas do exterior” do imóvel (10 passam para o MTB) devido à empreitada adjudicada por dois anos e 22,4 milhões de euros.
De acordo com os documentos, a autarquia estipulou em 692 mil euros o “valor máximo a pagar” aos comerciantes do interior do mercado que se vão transferir para o MTB, sendo 89,7 mil euros para a “deslocação, instalação e regresso ao mercado restaurado”, e 603,4 mil euros “a título de lucros cessantes e perdas de faturação durante a permanência no MTB”.
Ainda relativamente aos comerciantes do interior, a Câmara indica “26 desistências” e um custo de 426,9 mil euros referentes a “compensação” e “investimento perdido – equipamento”.
No que diz respeito aos comerciantes com lojas viradas para o exterior do Bolhão, a autarquia aponta para despesas de pelo menos 1,7 milhões de euros, dos quais 240.459 mil euros se destinam a suportar a transferência de dez lojistas para o MTB.
Relativamente a estes dez “inquilinos do exterior”, a Câmara aponta para uma despesa de cerca de 984 mil euros para suportar “lucros cessantes, perdas de faturação ou despesas mínimas mensais de sobrevivência”.
De acordo com os documentos, a autarquia destinou ainda 543,8 mil euros aos 11 comerciantes do exterior do mercado que optaram por “suspender a atividade” durante a empreitada e “retomar a atividade” quando o mercado estiver reabilitado.
Em causa estão “despesas com a desmontagem da loja, transporte de equipamentos e mercadorias para armazém, armazém durante o período de obra, perda de ‘stock’, licenças, contabilista, ar condicionado, equipamentos elétricos ou telefónicos, cotas e regime de ‘layoff’ para os funcionários”.
De acrescentar que existem ainda outros seis comerciantes do exterior do mercado que devem regressar após a reabilitação mas, entretanto, desenvolverão a atividade num “espaço alternativo ao MTB”, acrescenta a proposta.
De acordo com a Câmara, dois destes comerciantes “exploram estabelecimentos cujo funcionamento impõe a existência de características físicas específicas, que o município não poderia garantir no MTB”.
Segundo os documentos, as “principais obrigações” da autarquia são a “contribuição do diferencial de renda pela utilização do espaço alternativo e instalação” no mesmo, bem como “o pagamento a título de lucros cessantes, calculados pela empresa KPMG”.
Os outros quatro lojistas que vão promover a atividade em espaço alternativo fazem-no “por acharem não estarem reunidas todas as condições necessárias ao exercício da sua atividade”.
Relativamente a estes, a Câmara apenas contribuirá com o “diferencial de renda pela utilização do espaço alternativo”.
O mesmo documento aponta que “13 inquilinos pretendem denunciar o contrato de arrendamento, não tendo intenção de regressar ao mercado” e também estes recebem compensações.
Um dos inquilinos do exterior “terá o seu contrato denunciado”, “por falta de cumprimento do contrato de arrendamento, o que inviabilizou o processo negocial”, acrescenta a proposta.

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