“É verdadeiramente um desafio muito bonito e que me permite devolver ao Coliseu um pouco daquilo que o Coliseu sempre me deu desde criança”, é desta forma que Miguel Guedes começa por reagir ao convite, da Câmara Municipal do Porto, para a direção daquele espaço cultural.
“O passado do Coliseu é um passado riquíssimo, histórico e de ligação umbilical à cidade do Porto e à Área Metropolitana do Porto. Nada me importa mais do que assegurar e reforçar o interesse público e a ligação do Coliseu às pessoas da cidade, com uma projeção nacional que uma casa como o Coliseu deve ter”, sublinha o músico, citado na plataforma da autarquia.
O convite endereçado pelo município reuniu o consenso do Ministério da Cultura e da Área Metropolitana no Porto e o músico portuense deverá assumir as funções de diretor do Coliseu do Porto no próximo triénio 2023-2026.
Rui Moreira justifica esta escolha por reconhecer que Miguel Guedes tem o conhecimento não só na área da música, como “da própria cidade”, sendo que a formação como “jurista qualificado” poderá ser também relevante para o cargo.
De olhos postos no futuro o futuro diretor do Coliseu afirma que “é tempo de avançar”, ainda que possam existir “muitas dúvidas sobre o que fazer”. Salienta a importância da realização de obras no edifício, frisando que “ninguém pode desresponsabilizar-se dessa necessidade urgente”.
No que toca à programação Miguel Guedes avança que “terá de combinar identidade e sempre a procura de rasgo”. No papel de diretor daquela sala de espetáculos, o músico quer que o espaço assuma a sua “ligação emocional à cidade”, associado a um modelo de “boas práticas a nível europeu”.
Foto: Miguel Nogueira