Para o presidente da Câmara do Porto, a preocupação tem que ver com a “rede” na cidade, que atualmente diz não servir os utentes. Rui Moreira defendeu a realização de um “pequeno investimento” junto ao Hospital de São João e a construção de um “equipamento de raiz” junto à estação ferroviária de Campanhã, criando nos dois locais verdadeiros interfaces de transportes públicos.
“Neste momento, estamos a fazer um estudo para saber se é exequível que o município venha a concorrer” à concessão. “Só como concessionária é que autarquia pode mexer na atual rede da transportadora portuense, adequando-a aos utentes”, declarou o autarca, que assegurou que o município tem mantido “negociações muito produtivas com o Governo”.
Rui Moreira afirmou ainda que “se os privados não concorrem, a Câmara do Porto também não concorrerá”.
“Mas temos aqui um risco. É aparecer subitamente uma entidade qualquer, porque não houve pré-qualificação, que transforma a equação negativa numa equação positiva. Como? Prejudicando o interesse público. E é exatamente por isso que a Câmara do Porto é parte interessada neste concurso”, explicou o autarca.