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Câmara do Porto apresenta plano para resgatar o espaço público na cidade

Câmara do Porto apresenta plano para resgatar o espaço público na cidade

Ruas da Baixa e do Centro Histórico transformadas em áreas pedonais aos fins de semana, rede de ciclovias ou percursos cicláveis alargado em mais 35 quilómetros, bicicletários para aparcamento em parques vigiados e na via pública e regresso das feiras e mercados, de forma faseada, a partir de 19 de junho. É este o plano da Câmara Municipal do Porto, apresentado esta sexta-feira à comunicação social, para resgatar o espaço público e potenciar uma nova experiência de lazer e compras na cidade, decorrente da retoma da atividade económica, no contexto de pandemia.

Segundo referiu Rui Moreira, presidente da autarquia, a estratégia anunciada comunga “de uma preocupação que as pessoas já vinham a sinalizar há muito tempo” e vai proporcionar “uma aproximação progressiva do cidadão ao espaço público”. “É o mote para a cidade pensar sobre si própria, como quer viver e conviver”, salientou a propósito da relação da população com a cidade, que, “durante os últimos anos foi tomado pelo automóvel”.

Assim, a partir de 19 de junho, entre as 8 horas de sábado e as 20 horas de domingo, três zonas operativas do centro do Porto, num total de 14 arruamentos, ficarão condicionadas ao trânsito automóvel.

Zona 1

  • Rua de Cedofeita (que durante este período fica pedonal em toda a sua extensão), Rua de Miguel Bombarda e Rua do Breyner;
  • Na extensão da Movida, a Rua das Carmelitas, a Rua de Conde de Vizela, a Rua da Fábrica, a Rua de Santa Teresa e a Rua de Avis (que se juntam às áreas pedonais temporárias já existentes nas ruas de Cândido dos Reis e Galerias de Paris);
  • Rua do Almada e Rua da Conceição;
  • Rua de Passos Manuel (em toda a sua extensão).

Zona 2

  • Passeio das Virtudes;
  • Rua do Dr. Barbosa de Castro.

(*) O acesso ao parque de estacionamento continuará a ser permitido.

Zona 3

  • Rua dos Caldeireiros;
  • Avenida Rodrigues de Freitas.

Nestas zonas, será introduzido novo mobiliário urbano, temporário e amovível, com marcações no próprio pavimento à medida que as áreas pedonais forem consolidadas, explica o município, em nota divulgada na sua página oficial, acrescentando que o acesso de moradores e comerciantes ao interior das 14 ruas está salvaguardado e que a área verde irá também crescer, estando prevista a plantação de árvores em ruas que não têm.

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O plano apresentado prevê também o alargamento da rede de ciclovias ou percursos cicláveis em mais 35 quilómetros até ao final do ano.

“Neste processo, praticamente toda a cidade, da zona ocidental à zona oriental, ficará ligada por uma rede de ciclovias ou percursos cicláveis. Na Avenida da Boavista, a intenção é colocar a ciclovia na via, afastando-a de zonas de estacionamento”.

Além disso, o município vai ter ainda 130 lugares de aparcamento para bicicletas em parques vigiados e 72 bicicletários, com capacidade para 521 lugares de aparcamento.

Importante referir que, neste sentido, o regime de partilha de trotinetas e bicicletas arranca já na próxima segunda-feira, dia 1 de junho, depois de ter sido suspenso devido à pandemia de covid-19.

De acordo com a Câmara Municipal do Porto, o resgate do espaço público para a fruição de todos apresenta ganhos a três níveis: “ao nível da saúde e segurança, incentivando a pedonalização de percursos e privilegiando modos suaves de transporte, permitindo a prática de exercício físico e garantindo o necessário distanciamento social atualmente exigido; no lazer e na fruição, promovendo uma vivência diferente da cidade e uma nova experiência de lazer e compras; e na sustentabilidade, através do acesso a modos suaves de transporte, que permite a diminuição do uso de automóvel, com benefícios evidentes ao nível da redução de emissões de CO2, e constrangimentos associados ao tráfego rodoviário”.

De salientar que também as feiras e mercados não-alimentares vão regressar à cidade, de forma faseada, a partir do dia 19 de junho.

A partir de 19 de junho (inclusive)

  • Feiras e mercados organizados pelo Município: Feira de Artesanato da Batalha -na sua localização original (Rua de Santo Ildefonso/início da Praça da Batalha); Mercado da Ribeira (Cais da Ribeira); Mercado de Artesanato do Porto (Praça de Parada Leitão); Mercadinho da Ribeira (Cais da Ribeira); Feira de Numismática, Filatelia e Colecionismo (Praça D.João I); Feira dos Passarinhos (Alameda das Fontainhas); Feira de Antiguidades e Colecionismo (Praça do Dr. Francisco de Sá Carneiro, vulgo Praça Velasquez).
  • Mercados urbanos promovidos por entidades privadas: Sensations Market; Mercado da Alegria; Mercado da Terra; Urban Market; Mercadinho dos Clérigos; Família Sai à Rua; Portobelo; Pink Market.

A partir de 4 de setembro (inclusive)

  • Feiras e mercados organizados pelo Município: Feira da Pasteleira; Feira da Vandoma; Feira do Cerco.
  • Mercados urbanos promovidos por entidades privadas: Market Place e Flea Market.
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