
São quinze as frações disponíveis para concessão no Edifício da Real Vinícola, reservadas para um espaço de restauração e para outros projetos ainda a especificar. Com esta medida, a autarquia pretende tornar a recuperação do imóvel, que irá albergar a Casa de Arquitetura e a Orquestra de Jazz de Matosinhos, economicamente sustentável.
A área total a ser concessionada corresponde a cerca de dois mil metros quadrados do complexo que ocupa cerca de 70% de todo o quarteirão, compreendido entre a Avenida Menéres e as ruas Sousa Aroso, D. João I e Mouzinho de Albuquerque. Esta é a área que ficou livre após a integração da Casa da Arquitetura, em três dos lotes, e da Orquestra de Jazz de Matosinhos, que ocupa um. Para o presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, “entendeu-se dar uma aplicação funcional a esse terreno para o qual não tinha sido atribuído qualquer usufruto”. Assim, a autarquia “conciliou a necessidade de recuperar algum investimento financeiro com a oportunidade de criação de negócio no município”.
De acordo com Guilherme Pinto, a escolha dos projetos que ocuparão parte das fracções concessionadas “será no sentido de seguir a mesma lógica dos projetos já instalados”, para que possa “existir uma coerência de programação do espaço”.
A abertura dos espaços a concurso – 15 frações com áreas entre os 84 e os 214 metros quadrados – deverá acontecer no primeiro trimestre de 2017.
O projeto de reabilitação do complexo da Real Vinícola está orçamentado em cerca de oito milhões de euros. Para Guilherme Pinto, a aposta na recuperação do imóvel, abandonado há cerca de 40 anos, segue no sentido da “criação de um pólo cultural multidisciplinar no coração da cidade”, que vai albergar duas das instituições com mais relevância no panorama cultural do concelho.