
A autarquia de Gaia vai receber dois veículos elétricos com equipamento de lavagem a vapor de água para superfícies e contentores, substituindo a opção química que incidia à aplicação de glifosato.
De acordo com informação remetida à agência Lusa, dois equipamentos começarão a operar a 10 de junho inicialmente no centro urbano, na orla marítima e em escolas, num processo que gradualmente se estenderá ao resto do concelho.
O investimento é da SUMA – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A. e ronda os 80 mil euros.
Já em comunicado, a autarquia fala em “trabalho feito em articulação entre a empresa municipal Águas de Gaia e a SUMA” e em “compromisso há muito assumido pela Câmara de Vila Nova de Gaia”.
A utilização destes equipamentos surge depois de no ano passado ter sido aprovado em reunião camarária o Plano Municipal de Deservagem Urbana, cujo objetivo, lê-se na nota remetida pela autarquia, é “abolir de forma continuada o recurso sistemático ao método químico de deservagem, de um modo muito particular no que se refere ao uso de glifosato”.
“Em Portugal, é habitual o uso deste pesticida por parte das autarquias para retirar as ervas daninhas de jardins e de outros locais públicos. Sabendo que os tempos modernos exigem uma atenção redobrada aos riscos e ameaças ao bem-estar das populações e ao meio ambiente, o Município de Gaia pretende caminhar no sentido do progressivo abandono da deservagem química, contando, para isso, com o apoio de todos os intervenientes nesta mudança ambiental”, refere o comunicado.
A nova forma de limpeza adota técnicas alternativas ao pesticida, sendo que os equipamentos são elétricos e servem para lavagem a vapor de água, sendo “fáceis de operar e com excelente rendimento”.