
Em 2017, o Grupo José Pimenta Marques, de Braga, atingiu um volume de negócios de 16 milhões de euros e decidiu distribuir os lucros pelos 110 trabalhadores. Cada um recebeu como prémio 50% do valor do seu vencimento, sendo que a média salarial é de 1500 euros mensais, à exceção do setor de produção que aufere cerca de 700 euros. Mas há mais incentivos.
“Por um lado permite associar a remuneração à performance da empresa. De futuro, se as coisas não correrem tão bem, se houver um ano menos bom, os colaboradores também serão informados disso, e não poderá haver uma distribuição tão grande de lucros. Se correr bem todos ganham com isso”, refere ao Dinheiro Vivo um representante do grupo, Tiago Marques Pereira.
Há um objetivo nesta medida. “Depois dos anos de crise, começámos a sentir o problema oposto até então: falta de mão de obra. Já não existe tanta facilidade em fazer recrutamento, principalmente na área de Braga, e temos uma forte concorrência de startups e empresas vocacionadas para a tecnologia. Quando queremos contratar um engenheiro informático, por exemplo, sentimos alguma dificuldade”, refere o administrador.
Com o objetivo de contornar a situação, o Grupo José Pimenta Marques desenhou, no ano passado, um plano de benefícios que visa “a atração de mão de obra qualificada” e “a manutenção dos melhores recursos da empresa”. Para isso, foram implementadas várias medidas de incentivo aos trabalhadores. Alguns espaços da organização foram remodelados, foi introduzida a oferta de fruta na empresa bem como aulas semanais com um personal trainer. A natalidade também é presenteada com um prémio de 500 euros.