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Bienal Internacional de Gaia quer ser “uma bienal de causas”

Bienal Internacional de Gaia quer ser “uma bienal de causas”

A segunda Bienal Internacional de Arte de Vila Nova Gaia, com início a 8 de julho, conta com cerca de três dezenas de exposições e pretende ser uma “bienal de causas”, indicou esta quarta-feira a organização.

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Desemprego, preconceito associado à homossexualidade, sem-abrigo, guerra ou desigualdades sociais são alguns dos temas desta edição.
“A Bienal Internacional de Arte de Gaia preocupa-se com os outros e desafia os seus artistas a interessarem-se por temas que estão à nossa volta. É uma bienal humanista e solidária”, refere à Lusa o diretor da Cooperativa Cultural – Artistas de Gaia, Agostinho Santos, responsável pela organização do evento que tem o apoio da câmara local.
A organização pretende “ultrapassar os limites” que caracterizam uma tradicional bienal, materializando este objetivo num conjunto de exposições em que “o desafio lançado aos artistas consiste em transpor estes temas para as suas formas de arte, nomeadamente escultura, pintura, desenho, fotografia, entre outros”.
Ao contrário do que aconteceu na primeira edição, que percorreu vários espaços, este ano a bienal estará congregada no Centro Empresarial FERCOPOR, antigas instalações da fábrica Coats & Clark.
“O público que quiser conhecer a Bienal de Arte vai ter a possibilidade de ver todas exposições no mesmo espaço, o que facilitará o diálogo entre o artista e o visitante”, explica Agostinho Santos.
O espaço em causa estava devoluto, tendo sido transformado pelo Município de Gaia num centro empresarial “graças à aposta que tem sido feita na captação de atividade económica para o concelho”, refere informação camarária remetida à agência Lusa.

Os destaques: “educar para a arte e para a cultura”
A segunda Bienal Internacional de Arte de Vila Nova Gaia – que se prolonga até 30 de setembro e além deste concelho terá polos nos concelhos do Porto, Gondomar, Seia, Viana do Castelo, Barcelos, Figueira da Foz, Vila Nova de Cerveira e Monção – irá homenagear Graça Morais e Guilherme Camarinha.
Entre os destaques soma-se a exposição de cadernos de desenho do padre Nuno Branco, na prática uma série de desenhos inspirados no filme de Martin Scorsese “Silêncio”, que retrata a perseguição aos cristãos no Japão do século XVII.
Já o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, aponta como objetivos “criar públicos” e “educar para a arte e para a cultura”.
“Não basta fazer exposições e assumir conceitos. É preciso aproveitar a oportunidade para criar públicos porque a Bienal também procura educar para a arte e para a cultura. Vila Nova de Gaia tem história e tem tradição, perpetuada por grandes nomes do panorama nacional e internacional e este evento tem a obrigação de afirmar essa componente e criar novos nomes”, afirma o autarca.

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