Segundo adiantou esta segunda-feira fonte da autarquia, a 29 de outubro, “o espaço foi desentaipado”. “No ato foi entregue a chave ao concessionário [que] irá proceder às obras de instalação”, referiu. De acordo com a Lusa, não existe, contudo, no local qualquer estaleiro ou sinais da empreitada.
De recordar que, em dezembro, a câmara revogou a adjudicação da antiga biblioteca a Manuel Leitão, argumentando que o empresário se recusou a celebrar a escritura de acordo com o programa do leilão. Leitão conseguiu a concessão e exploração da biblioteca por 610 euros mensais na hasta pública de 2012, já depois de uma das edições daquele ano do guia “Porto Menu”, do qual é responsável, ter sido retirada de todos os espaços municipais por trazer na capa a expressão “Rio és um FDP”. Ainda que as condições da hasta pública não esclarecessem o destino que se pretendia dar ao edifício, o caderno de encargos estipulava como “fundamento de resolução” do contrato a “utilização das instalações para fim e uso diverso do autorizado pela autarquia”. Ainda antes da abertura da sessão, o empresário informou que pretendia ficar com o edifício para reabrir a biblioteca infantil e ali colocar “uma exposição permanente das patifarias que o doutor Rui Rio tem feito na cidade nos últimos 10 anos”. Mais de dois anos depois, a autarquia liderada pelo independente Rui Moreira decidiu notificar “o concorrente classificado em 2.º lugar no âmbito do concurso realizado”, que “manifestou o seu interesse na concessão da exploração”.