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Bens alimentares que mais aumentaram de preço com a guerra

Bens alimentares que mais aumentaram de preço com a guerra

Segundo a análise da Deco Proteste abastecer a despensa com bens alimentares essenciais pode hoje custar mais de 205 euros. Na nota publicada, no site, pela entidade, o cabaz de alimentos que monitorizam semanalmente é atualmente 22 euros mais caro do que no final de fevereiro, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia.

“O preço do cabaz de bens alimentares essenciais registou uma subida de 0,53% (mais 1,07 euros) entre 25 de maio e 1 de junho, passando a custar um total de 205,98 euros”. Desde que a Deco iniciou esta análise, a 23 de fevereiro, um dia antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, “o preço do mesmo cabaz já aumentou 12,18%, ou seja, 22,35 euros”.

Desde fevereiro têm sido monitorizados todas as quartas-feiras, com base nos preços recolhidos no dia anterior, os preços de um cabaz de 63 produtos alimentares essenciais que inclui bens como manteiga, leite, batata, arroz, esparguete, açúcar, pescada, carapau, peru, frango, cebola, cenoura, banana, maçã, laranja, fiambre e queijo.

“Esta análise tem revelado aumentos quase todas as semanas, com alguns produtos a registarem subidas de preços de dois dígitos de uma semana para a outra”. Assim, o documento avança que na semana de 25 de maio e 1 de junho, “os dez produtos com maiores subidas de preço foram os douradinhos de peixe (mais 11%), os medalhões de pescada (mais 10%), o carapau (mais 9%), os flocos de cereais (mais 9%), a farinha para bolos (mais 9%), o arroz carolino (mais 8%), as ervilhas ultracongeladas (mais 6%), os cereais integrais (mais 6%), a batata (mais 6%) e a couve-flor (mais 5%)”.

Caso sejam ainda analisadas exclusivamente as categorias de produto com maiores subidas de preços, entre 23 de fevereiro e 1 de junho, o peixe e a carne são as que mais se destacam, com incrementos percentuais de 19,07% e 14,91%, respetivamente.

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No que toca à razão pela qual os preços aumentaram a Deco afirma que “o problema é histórico”. Portugal está extremamente dependente dos mercados externos para garantir o abastecimento dos cereais necessários ao consumo interno.

Desta forma, a invasão da Rússia à Ucrânia, de onde provém grande parte dos cereais consumidos em Portugal e na União Europeia veio “pressionar ainda mais um setor há meses a braços com as consequências de uma pandemia e de uma seca com forte impacto na produção e na criação de stocks”.

O aumento dos custos de produção, nomeadamente da energia e a limitação da oferta de matérias-primas, podem estar a refletir-se num incremento dos preços nos mercados internacionais e, consequentemente, nos preços ao consumidor de produtos como os cereais de pequeno-almoço, o óleo vegetal, os hortofrutícolas ou a carne.

No caso do peixe, “a subida dos preços poderá estar a refletir o aumento dos preços dos combustíveis, que tem um elevado impacto na indústria da pesca”, lê-se ainda no artigo.

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