O empresário, que falava no sétimo aniversário do Clube dos Pensadores, em Vila Nova de Gaia, defendeu que “a economia só pode pagar salários que tenham uma certa ligação com a produtividade”. “Diz-se que não se devem ter economias baseadas em mão-de-obra barata. Não sei por que não. Se não for a mão-de-obra barata, não há emprego para ninguém. Portanto, de facto, é uma vantagem comparativa. Caso contrário, se queremos concorrer com potências que têm muito maior produtividade, é impossível pagar os salários de alta produtividade a trabalhadores com baixa produtividade”, sublinhou Belmiro de Azevedo. O empresário referiu ainda que existem “muitas atividades, nomeadamente no setor primário, em que a mão-de-obra, que Portugal tem muita e em excesso, é indispensável para que possam continuar”.
Terça-feira 19 Março, 2013