
Está muito próximo de se tornar realidade o regresso das 52 famílias que vão habitar “o melhor bairro municipal do país”, o primeiro a obter a classificação energética A+.
Refira-se que o projeto de regeneração do Bairro Rainha Dona Leonor não custou nada à Câmara do Porto e foi totalmente assumido por privados, que ainda asseguram a construção de mais 20 casas para habitação social.
Recorde-se que com a salvaguarda inicial de que toda a reconstrução do Bairro Rainha Dona Leonor era prioritária e tinha de ser totalmente paga por quem ganhasse o projeto, a autarquia dividiu o terreno em dois, subiu ligeiramente o índice de construção (equiparando-o ao de outros terrenos na zona, em consonância com o definido no PDM – Plano Diretor Municipal) e autorizou o privado vencedor do concurso a usar parte do terreno para construir habitação para venda.
Dado que as torres não eram recuperáveis, avançou-se para a sua demolição, seguida da total (re)construção do Bairro, que está praticamente concluída.
Apenas quando todos os inquilinos municipais estiverem alojados nas suas novas habitações sociais, o que deverá acontecer até ao final do ano, será possível ao promotor privado avançar com a construção das outras casas e sua colocação à venda no mercado. Do acordo firmado entre a autarquia e o consórcio vencedor resultou ainda o compromisso da edificação de mais 20 apartamentos com rendas sociais.
Desse modo, atualizou-se o número de fogos do Bairro Rainha Dona Leonor para 70, distribuídos por dois edifícios.
O modelo adotado permite, assim, manter todos os moradores no local, proporcionando-lhes habitação de elevada qualidade, com renda social, e a custo zero para a Câmara do Porto, acrescentando-se ainda a garantia de que os futuros residentes vão contribuir para a densificação desta zona da cidade, em harmonia com os habitantes do Bairro.