A expansão da linha de metro do Porto, com a ligação entre a Casa da Música, na Boavista, à estação ferroviária de São Bento, na Baixa, tem um custo estimado de 181 milhões de euros e foi apresentada em fevereiro, com uma previsão do arranque das obras em 2019 e o lançamento dos concursos públicos da empreitada em maio de 2018.
Na reunião camarária desta terça-feira, e em resposta ao vereador do PS Manuel Correia Fernandes, Rui Moreira afirmou que “temos vindo a falar com a empresa sobre o projeto e li hoje [terça-feira] a informação de que a adjudicação dos estudos preliminares está dependente do Ministério das Finanças. Prevejo que, por isto, vá haver atrasos”.
Segundo o Jornal de Notícias desta terça-feira, a empresa Metro do Porto “precisa de autorização do Ministério das Finanças para lançar o concurso de execução dos projetos” das novas linhas aprovadas para o Porto e para Gaia (onde está em causa o prolongamento da linha Amarela a Vila d’ Este).
O jornal avança ainda que as estimativas apontam para que “seja necessário um ano para elaborar os projetos das duas linhas e fazer aprovar os estudos de impacto ambiental”, etapa que deve ficar concluída em 2018 para, depois, “selecionar os empreiteiros que realizarão as obras”.
Segundo o projeto apresentado em fevereiro, a nova linha Rosa recupera parte dos traçados da denominada Linha Circular, anunciada em 2007, e da Linha do Campo Alegre, implicando a construção de novas quatro paragens: Casa da Música (com ligação subterrânea pedonal à atual estação), Galiza, Hospital de Santo António e Estação de S. Bento (com ligação subterrânea à estação ferroviária).
Esta terça-feira, na reunião camarária, Rui Moreira explicou que, nas conversas que tem tido com a empresa Metro do Porto sobre o projeto, tem sido abordada a necessidade de compatibilizar a nova estação na zona da Casa da Música com eventuais “futuras caves” do El Corte Inglês, que mantém a titularidade do espaço situado entre a avenida de França e a rua 5 de Outubro, e onde o anterior executivo camarário, liderado por Rui Rio, recusou a instalação de uma grande superfície.
No entanto, Rui Moreira assegurou que a empresa espanhola não apresentou na Câmara nenhum novo projeto para a instalação de um espaço El Corte Inglés naquela zona.