Num documento emitido pela nova empresa de Transportes Metropolitanos do Porto (TMP), consta que a rede de autocarros da Unir está, nesta fase, “desprovida de qualquer controlo eficaz”.
De acordo com o Porto Canal, o número de paragens instaladas da Unir ainda é inferior a 40%. Como tal, pode ler-se no Plano de Atividades e Orçamento (PAO) que a TMP tem dois grandes objetivos para 2025: “controlar” a operação da Unir e controlar o sistema de bilhética.
No entender de Marco Martins, líder da TMP, é “essencial reforçar a fiscalização aos operadores, assegurando o cumprimento rigoroso dos contratos, nomeadamente no que diz respeito à oferta programada, à qualidade das viaturas e à disponibilização de dados operacionais e informação ao público”.
A nova empresa de transportes portuense revela ainda que, juntamente com os municípios, vai ser feita uma avaliação conjunta. Esta servirá para “identificar” e “implementar” algumas melhorias nos horários e percursos. O objetivo é que as melhorias se sintam já no arranque do próximo ano letivo.
A falha “grave” da Unir que a TMP pretende corrigir
O documento da TMP classifica a falta de informação ao público da Unir, como uma lacuna “grave”. Como tal, reforça a necessidade de criar um “sistema de informação completo”, onde sejam facilmente identificáveis os destinos, percursos, títulos e horários.
A TMP recorda a decisão da Área Metropolitana do Porto (AMP), de que cada município teria a responsabilidade de instalar as suas próprias paragens. A empresa liderada por Marco Martins realça que esta decisão esteve na origem das menos de 40% das paragens da Unir instaladas.
Por fim, a empresa de Transportes Metropolitanos do Porto faz alusão ainda ao sistema Andante que, no seu entender, está “extremamente fragmentado”, na medida em que cada operador tem o seu validador próprio.
A empresa considera que este método dificulta a repartição de receitas e conferência de validações. Ainda sobre a rede Andante, é expectável que sejam criadas novas lojas em Rio Tinto, Santo Ovídio, Devesas e no interface de Santa Maria da Feira.
