A autarquia de Matosinhos manifestou-se esta terça-feira preocupada com a situação dos trabalhadores da Efacec, que têm protestado para reivindicar aumentos salariais. Este foi um dos temas em destaque no período antes da ordem do dia da reunião pública da Câmara, durante o qual a oposição questionou a maioria sobre o Leixões, clube do qual a autarquia é acionista.
A questão dos trabalhadores da Efacec – que reivindicam aumentos salariais e que têm realizado protestos desde fevereiro, que devem prolongar-se até maio, uma semana por mês, durante várias horas, em dias alternados – foi levantada pelo vereador da CDU com a pasta dos Transportes e da Mobilidade, José Pedro Rodrigues. O autarca deixou uma “palavra de solidariedade” com os trabalhadores, face ao “sentimento de injustiça de que têm sido alvo” em matéria de discrepância entre as massas salariais. Além disso, defendeu que a “câmara não deveria passar em silêncio por um drama que afeta centenas de trabalhadores” de uma empresa tão importante para o concelho. A situação financeira do Leixões, por sua vez, foi mencionada pelo vereador social-democrata Pedro da Vinha Costa, que considerou que o clube é “a mais importante instituição desportiva do concelho”, questionando a maioria em relação ao processo de venda das ações detidas pelo município. Em resposta, o vice-presidente explicou que a hasta pública para a venda das ações tinha ficado deserta e que, por isso, a câmara está a aguardar esclarecimentos para saber como irá proceder, garantindo que ninguém no executivo “ignora ou é alheio aos problemas do clube”.