A Associação Nacional dos Amputados (ANAMP) conta já com cerca de 40 associados, mas a sua presidente, Paula Oliveira, apelou aos amputados e suas famílias para que se juntem a este projeto.
“Neste momento, temos já três serviços para oferecer aos nossos sócios nas áreas da psicologia, jurídica e contabilística, são profissionais que estão a trabalhar pro-bono para a associação”, declarou a responsável à agência Lusa.
Paula Oliveira foi amputada há oito anos, na sequência de um acidente de viação e, desde então, foi-se apercebendo das “várias lacunas” que existem.
“Ainda no seio hospitalar senti uma falta de apoio moral muito grande, falta de apoio psicológico e de apoios técnicos, quando sai do hospital. Muitas vezes tive de procurar ajuda na internet porque não há ninguém que nos ajude nesse sentido. Decidi, ao fim de oito anos de amputação, que tinha que fazer alguma coisa para ajudar pessoas que estão a viver a mesma situação que eu”, disse.
A presidente da ANAMP pretende assim “ajudar as pessoas amputadas que sentem algum pudor de sair à rua, de conviverem, de serem empreendedoras e de quererem ter um emprego, porque sentem vergonha de si”.
Em Portugal não há dados estatísticos oficiais sobre o número de amputados, mas a associação está já a recolher informações junto de várias fontes, nomeadamente de hospitais, que lhes permita conhecer melhor a realidade. As estimativas da associação apontam para a existência de cerca de 300 mil amputados em Portugal.
Sexta-feira 13 Fevereiro, 2015
Associação do Porto quer “tirar amputados de casa e mudar mentalidades”
Criada há um mês, no Porto, a nova associação de apoio aos amputados portugueses tem como “objetivo simples” “tirar as pessoas amputadas de casa e mudar mentalidades, criando um coletivo de aceitação”.