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Assembleia Municipal do Porto aprova moção que quer interditar camiões na VCI

Assembleia Municipal do Porto aprova moção que quer interditar camiões na VCI

A Assembleia Municipal do Porto aprovou, segunda-feira, por unanimidade, uma moção que reivindica a interdição da Via de Cintura Interna (VCI) a veículos pesados de mercadorias e a abolição de portagens para estes veículos na Circular Regional Externa do Porto (CREP).

“Na noite desta segunda-feira, todos os partidos com assento na Assembleia Municipal do Porto aprovaram a moção do grupo independente Rui Moreira: Porto, o Nosso Partido, que reivindica a proibição do tráfego de veículos pesados de mercadorias na Via de Cintura Interna (VCI) e que, em alternativa, propõe a isenção do pagamento de portagens para estes veículos na Circular Regional Externa do Porto (CREP)”, escreve o portal de notícias da autarquia, sublinhando que “é tempo de intimar o Governo a resolver o problema com medidas concretas”.

Com o volume de tráfego a adensar-se, mais ainda em contexto de pandemia, “é tempo de dizer basta, é tempo de agir”, afirmou o líder de bancada do movimento independente, André Noronha, citado pelo Porto., acrescentando que esta moção é “um grito que o Porto dá em relação ao estado de saturação” da VCI, município que André Noronha diz ser “o mais penalizado”, pois grande parte da estrada atravessa a cidade.

De recordar que, a 7 de setembro, o Executivo Municipal aprovou uma recomendação dirigida ao Governo para que seja vedado de imediato o tráfego de veículos pesados de mercadorias na VCI, “com exceção daqueles que operem cargas e descargas na cidade do Porto”, propondo a livre circulação dos mesmos na CREP.

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Com o início das obras de expansão da rede de metro do Porto e com a empreitada de requalificação do tabuleiro inferior da Ponte Luís I, da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal, a Câmara do Porto antecipa um agravamento significativo do tráfego na VCI, contribuindo para “o aumento da sinistralidade” e um maior congestionamento da rede viária da cidade, alertou, na altura, o presidente Rui Moreira.

“Parece-nos chegado o momento de agirmos e de pedirmos ao Governo que olhe para esta matéria de outra maneira. Nós não estamos a propor sequer que seja [vedado] o tráfego de ligeiros, também ele poderia aliviar esta carga, mas num primeiro tempo, o tráfego de pesados, porque esse é aquele que causa mais constrangimentos”, defendeu Rui Moreira.

Segundo indica o Porto., e de acordo com os últimos dados, a carga de tráfego na VCI é cerca de sete vezes superior à da Circular Externa (aproximadamente 112.000 veículos/dia versus 17.000 veículos/dia).

Um estudo levado a cabo pela FEUP em 2017, sobre as condições de circulação na VCI, estimava que cerca de 40 mil viagens, que representam cerca de 29 mil veículos, utilizavam-na como via de atravessamento, concentrando-se nos períodos de ponta da manhã e da tarde por se tratarem de viagens pendulares Casa-Trabalho e Casa-Escola.

“Nesse mesmo ano, registaram-se 797 acidentes localizados ao longo da VCI-Porto (extensão aproximada de 11,4 quilómetros), o que corresponde a uma média de 2,2 acidentes por dia, valor este que se tem mantido nos últimos anos e que corresponde a cerca de 22% do total de acidentes na cidade do Porto”, indicava a proposta de Rui Moreira, segundo o Porto..

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