O presidente do Centro Português de Fundações afirmou estar à espera que o Governo repare ou resolva “urgentemente” os cortes financeiros efetuados em alguns equipamentos culturais. “A Fundação de Serralves ou a Fundação da Casa da Música são instituições cujos apoios estão consagrados em decreto-lei”, recordou, lamentando que esses apoios tenham sido “reduzidos sem haver um acordo das partes envolvidas”.
Por isso, defendeu o também presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, os casos das fundações resultantes “de um acordo entre o Estado e fundadores privados”, cujos “apoios estavam contratualizados”, mas “não foram respeitados”, têm de ser “urgentemente reparados e resolvidos, em diálogo com as instituições”, para que “o seu futuro não esteja em causa”. Apesar de admitir que o país esteja a ultrapassar um momento “muito difícil”, Artur Santos Silva sublinhou que é necessário existir diálogo entre o Governo e as fundações, porque, no caso de Serralves e da Casa da Música, que sofreram cortes nos apoios financeiros, “as soluções encontradas não foram as melhores”.