
Em resposta, a ARS Norte assumiu ter tido “alguns constrangimentos de ordem financeira” no início deste ano, mas explicou que “grande parte da faturação em atraso já foi liquidada, prevendo-se para breve o pagamento na sua totalidade”.
“A ARS Norte deixou de cumprir os compromissos relativos à faturação de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) do setor convencionado com o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, disse, em comunicado, a Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde.
Segundo a federação, “a ARS Norte e a Unidade Local de Saúde (ULS) Alto Minho falharam, em 31 de maio passado, o pagamento às instituições bancárias a que estavam obrigadas” e que financiam as faturas de exames e tratamentos nas clínicas convencionadas.
Na ausência de “qualquer previsão de regularização da situação”, diz a federação que “um dos principais bancos do sistema já avisou as clínicas convencionadas que deixaria de financiar as faturas da responsabilidade da ARS Norte e da ULS Alto Minho”.
“Isto terá imediatas repercussões dramáticas na tesouraria destas empresas”, defende a federação segundo a qual a situação “poderá pôr em causa o acesso da população à rede de MCDT Convencionados”.
Os cuidadores de saúde acreditam que “todo o setor teme o efeito dominó que poderá fazer perigar, a curto prazo, o financiamento das restantes ARS e fazer colapsar todo o sistema”.
A ARS Norte disse, à agência Lusa, que o presidente do Conselho Diretivo “definiu como prioridade do seu mandato, a sustentabilidade da Instituição de modo a que nunca fosse colocada em causa a prestação de cuidados aos cidadãos”.