
A proposta de Eliana Sousa Santos intitula-se “Branco a branco – White salts, white sands”, consiste numa “viagem pelo deserto americano e Novo México” e foi escolhida, por unanimidade, “pela abrangência disciplinar do seu conteúdo, relacionando paisagem, arte e arquitetura e, por outro lado, pela sua referenciação à arquitetura chã e à simplicidade buscada num território abstrato e intangível”, de acordo com o comunicado da organização, citado pela Lusa.
Na cerimónia, que decorreu no salão nobre da Câmara de Matosinhos, estiveram presentes os vários elementos do júri: o artista urbano Alexandre Farto (Vhils), os arquitetos Florindo Belo Marques e Marta Fernandes, o representante da família de Fernando Távora, Victor Branco, e o arquiteto Nuno Mateus, que apresentou uma conferência com o tema “A Viagem”.
Eliana Sousa Santos é licenciada em Arquitetura pela Universidade Técnica de Lisboa, mestre pela Universidade de Coimbra e doutorada pela Universidade de Londres, tendo sido investigadora de pós-doutoramento convidada na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, de acordo com a biografia existente na página da Trienal de Arquitetura de Lisboa.
Investigadora no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra com o projeto “George Kubler’s Shape of Time: The Historiographical effect of Portuguese Plain Architecture in Post-revolutionary Portugal”, é ainda professora auxiliar do departamento de Arquitetura da Universidade Lusófona.
Eliana Sousa Santos, que vai agora receber uma bolsa de 6.000 euros para concretizar a sua proposta, comissariou também a exposição “A forma chã”, patente no Museu Gulbenkian, em Lisboa, no ano passado.
O resultado da proposta de trabalho premiada vai ser apresentado no Dia Mundial da Arquitetura, a 2 de outubro, na Câmara Municipal de Matosinhos.