Os 45 deputados presentes aprovaram, por unanimidade, o plano de pormenor, enquanto que a proposta relacionada com as taxas municipais, que totalizavam 5,5 milhões e passaram para 1,5 milhões de euros, obteve um voto contra e três abstenções.
Nascido antes do 25 de Abril de 1974 com um loteamento de 27 de março desse ano, o Dallas abriu como centro comercial dez anos depois e foi encerrado em 1999 por falta de segurança. Situado na Avenida da Boavista, o complexo tem cinco edifícios de escritórios, habitação e comércio, com “lojas de todos os tamanhos e feitios e qualquer coisa como 500 condóminos”.
O plano de pormenor já havia sido aprovado há cerca de um ano, mas era necessário resolver o problema das taxas municipais devidas desde 1974 e que totalizavam “cerca de 5,5 milhões de euros”. De acordo com o vereador do Urbanismo, Correia Fernandes, deste montante, “quatro milhões correspondem a taxas de compensação que só eram aplicáveis a partir de 1999”.
Correia Fernandes considerou que “o que era devido era uma verba da ordem de 1,5 milhões de euros”. “Não se trata de uma redução, trata-se da verificação de que não eram devidas as taxas que perfaziam 5,5 milhões de euros”, frisou.
O plano de pormenor, elaborado pela autarquia “em colaboração com os condóminos”, reduz a área bruta de construção de 26.681 para 17.500 metros quadrados. “A área bruta locável para comércio e serviços passa de 16.777 para um máximo de 15.00 metros quadrados”, avançou Correia Fernandes.
Para o vereador, “o plano melhora a relação do Dallas com a envolvente, redimensiona a área comercial e possibilita um novo modelo de gestão”.
A administração do Dallas anunciou já que vai investir 30 milhões de euros para remodelar, legalizar e reabrir aquele que já foi considerado o maior centro comercial do Porto.
Em declarações à agência Lusa, Luís Malheiro, o administrador do Intercontinental Trade Center, representante do centro comercial Dallas, disse que o novo espaço pode criar até 1.200 postos de trabalho mas que não vai ser um ‘shopping’ nem uma galeria, antes um “polo comercial” para vender o Porto e produtos nacionais.