Segundo António Serrenho, outra das suas vitórias foi o triunfo da política de apoio aos trabalhadores da empresa. “Tenho também muito orgulho em ter conseguido contribuir para a dignificação da vida dos funcionários”, referiu, apontando que as medalhas de mérito atribuídas pelo presidente da Câmara Municipal do Porto mais não foram do que uma prova de que a autarquia “sabe apreciar gente que tem contribuído para o bem da cidade e do país”.
Em representação de todos os medalhados, Souto Moura agradeceu a distinção. “Pela cidade e pela data, é para nós uma honra estar aqui”, afirmou, acrescentando que, a título pessoal, a medalha tem um sabor especial, tratando-se da cidade onde nasceu, estudou, vive e trabalha como arquiteto. “Do Porto gosto de quase tudo, das pedras e das pessoas”, admitiu, citando autores como Rentes de Carvalho e Miguel Torga para destacar a “emoção visual” que a Invicta lhe desperta.
Numa cerimónia associada aos valores da liberdade e da solidariedade, Rio defendeu que é um erro considerar o regime democrático eterno. “Como tudo na vida, também os regimes políticos têm um princípio, um meio e um fim. Nada do que nos rodeia é eterno. Por isso, alimentar o pensamento de que podemos continuar passivos porque este regime é eterno só o prejudica”, defendeu, sublinhando a necessidade da realização de uma reforma profunda que comece no setor político. Ainda assim, acrescentou, tendo em conta “a dimensão da tarefa que temos pela frente”, a atuação não poderá partir apenas do Governo. “É uma tarefa de todos nós”, assegurou, sublinhando a urgente reforma das mentalidades de que o país está a precisar, 38 anos depois da Revolução dos Cravos.