
Ao fim de 40 anos de militância, António Capucho foi, recentemente, expulso do partido que ajudou a fundar juntamente com Francisco Sá Carneiro, por integrar e apoiar uma candidatura independente à Câmara de Sintra, nas últimas eleições autárquicas, na qualidade de deputado municipal, que lhe valeu a expulsão do partido. De acordo com Joaquim Jorge, esta decisão “é polémica”, uma vez que os estatutos do PSD, no artigo 9.º determinam que «cessa a inscrição no partido dos militantes que se apresentem em qualquer ato eleitoral nacional, regional ou local na qualidade de candidatos, mandatários ou apoiantes de candidatura adversária da apresentada pelo PPD/PSD». Para o responsável do CdP, se os estatutos fossem “aplicados à risca”, centenas de militantes teriam sido expulsos. “Miguel Veiga, Valente de Oliveira, Arlindo Cunha foram apoiantes de Rui Moreira, entre muitos outros. Fora os próprios candidatos, os mandatários e os subscritores das candidaturas, escaparam”. António Capucho tem uma vasta carreira política e desempenhou, entre outros, vários cargos no PSD, tendo sido secretário-geral, vice-presidente da Comissão Política Nacional, deputado, líder parlamentar e eurodeputado. Como funções governamentais foi secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, ministro da Qualidade de Vida e dos Assuntos Parlamentares e presidente da Câmara de Cascais. O debate incidirá nos temas António Capucho, PSD, partidos políticos, 25 de Abril bem como no panorama da política nacional.