
O anteprojeto em causa “foi acordado entre os dois municípios (Porto e Gaia) e só não saltou para o espaço público da discussão porque a DGPC tem de se pronunciar”, afirmou o vereador, em reunião pública do executivo, em resposta ao vereador do PSD Ricardo Almeida.
O social-democrata afirmou ter “as maiores dúvidas” que a construção de passeios exteriores à ponte Luiz I “seja a melhor solução” para resolver o problema daquele atravessamento rodoviário e pedonal à cota baixa, apelando a que o tema seja objeto de uma discussão alargada.
“É precisa uma reestruturação viária naquela zona, mas o que me parece é que a discussão deve ser mais alargada”, disse Ricardo Almeida, considerando ser inapropriado que haja “já uma promessa de ajuste direto” ao arquiteto Virgínio Moutinho, autor do desenho que está em cima da mesa.
Adiantando que “se a DGPC levantar problemas”, as autarquias terão que rever a situação, Correia Fernandes defendeu o anteprojeto existente, afirmando tratar-se da “solução mais doce” para resolver aquele atravessamento, por não implicar quaisquer alterações nas margens dos dois municípios.
“A ponte Luiz I não é propriedade das autarquias, é da Infraestruturas de Portugal, que tem aqui uma palavra importantíssima, e discutir algo que não é de nenhuma das cidades é algo estranho”, destacou Correia Fernandes, lembrando que a ponte é monumento nacional e por isso nada pode ser feito sem o aval da DGPC.
Para o vereador, não parece haver “mal nenhum” em escolher diretamente o projeto em causa, da autoria de “um arquiteto e de um engenheiro que tiveram a tentação de fazer um projeto para resolver o problema”.