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Aniversário Hard Club

Aniversário Hard Club
Hard Club: três anos a “dar alma” ao Ferreira Borges
Numa altura em que já se contam três anos da abertura das portas do Hard Club no histórico Mercado Ferreira Borges, situado no coração da cidade do Porto, é em clima de festa que, “ao som da programação de sempre”, o equipamento cultural vai assinalar o seu aniversário. Entre os dias 24 e 29 de setembro, com a já habitual aposta na produção nacional e com uma “clara demonstração de ecletismo”, o espaço vai gritar bem alto “estamos aqui!”, de forma a mostrar à cidade que, apesar da quebra nas receitas registada nos últimos tempos, o projeto está bem vivo.

“Três anos e mais de 1300 eventos depois da reabertura no Mercado Ferreira Borges, sentimos a necessidade de dizer, em alta voz e apesar do constrangimento financeiro que se sente a todos os níveis, que estamos aqui, prontos a continuar a lutar por uma oferta cultural significativa, pela exportação do nome da cidade e do país, pelo apoio aos novos valores, pela animação noturna do Centro Histórico do Porto, considerando sempre que se trata de um projeto privado e baseado numa política de gestão auto-sustentável e sem quaisquer apoios financeiros”, afirmou a responsável pela programação do Hard Club. Em declarações à Viva, Ana Póvoas sublinhou que esta será, assim, uma forma de agradecer publicamente a todos os parceiros que têm viabilizado o funcionamento da entidade. “Promotores, agentes, fornecedores, colaboradores, instituições, atuais e passadas, foram e são peças essenciais ao desenvolvimento deste equipamento cultural e é com eles que queremos brindar ao esforço conjunto que nos trouxe até este ponto. Também não queremos esquecer, naturalmente, os 9 anos de atividade e de trabalho que deixámos feito em Vila Nova de Gaia, com a apresentação de mais de 5000 artistas, num esforço que perdura até hoje”, acrescentou.

hard_club2Para não deixar passar em branco a efeméride, o Hard Club decidiu reunir um bloco programático composto pelos momentos mais significativos da sua oferta ao longo do ano, sempre que possível com entrada livre ou preços reduzidos. “Acima de tudo, pretendemos que este edifício, considerado Património Mundial da Humanidade, continue a ser vivido e visitado, contribuindo para a sua valorização arquitetónica”, e encarado como “um exemplo de regeneração e preservação urbana”, realçou Ana Póvoas.

Desta forma, a partir do dia 24 deste mês, haverá “um bocadinho de cada tipo de som para cada tipo de pessoa”. “Passamos, por isso, pelo hip-hop e sua faceta interventiva com o Vicious Hip-Hop; pela dança das Folk Sessions; pela sedução do tango com a Milonga do Mercado; pela revolta do punk e crust dos Hellshock; pelo cinema com o Shortcutz Porto; pelo apoio aos novos valores com o 1 Banda = 1 Euro; pela presença dos novos criadores com o Urban Market; pela promoção do turismo na cidade vs exercício físico das Alleycat Race e pelas sessões de d’n’b / trance / minimal das Low Cost, No Loss”, revelou a responsável. A não esquecer ainda – destacou – “a apresentação da Stopestra, exemplo da criatividade e da criação musical comum, a estreia dos Bizarra Locomotiva no Hard Club e a festa de rock com A Igreja Universal Dos Fazedores de Bonitas Listas Musicais Dos Últimos Dias, Kalú e Tape Junk”.

hard_club3Segundo a responsável da programação, ao longo da semana haverá “quatro momentos maiores” nesta festa de aniversário. O primeiro deles está agendado para as 21 horas de quinta-feira, dia 26, com um concerto da Stopestra “e os seus mais de 70 músicos em palco”. Composta pelos artistas que “habitam” o Centro Comercial Stop, a orquestra integra uma centena de elementos, amadores e profissionais, dirigidos pelo britânico Tim Steiner. Depois, o segundo ponto alto será a grande festa de Hip-Hop da Vicious Events, na sexta-feira, pelas 22 horas, que contará com a presença de “nomes significativos a nível nacional” como Bezegol, Malabá, Fuse, Dj Guze, Dillaz e Jimmy P. Ana Póvoas destacou ainda o espetáculo dos “tenebrosos, sinistros e contagiantes” Bizarra Locomotiva, no sábado, dia 28, também às 22 horas, e nesse mesmo dia, o rock de Kalú, Tape Junk e a intervenção do grupo de Facebook Igreja Universal Dos Fazedores de Bonitas Listas Musicais Dos Últimos Dias, “da qual fazem parte muitos nomes conhecidos do panorama musical do norte do país”.

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Dar a mão às novas bandas

Desde o início do projeto do Hard Club, o apoio à divulgação do trabalho das novas bandas foi estabelecido como uma das metas do equipamento. “Temos desenvolvido a iniciativa 1 Banda = 1 Euro, nas versões com e sem bilhete, um projeto que surgiu na prossecução de um objetivo bem definido do projecto Hard Club: a valorização, defesa e apoio aos novos valores da música nacional”, explicou a responsável. “Nesse sentido, oferecemos ao público e às bandas dois concertos por mês, cujos resultados de bilheteira revertem exclusivamente a favor dos artistas. Em setembro de 2012 criámos a versão “=0”, na qual não há envolvimento financeiro, potenciando a exposição, visibilidade, posicionamento e prestígio associado a um concerto no palco do Hard Club. Nas suas 50 edições no Mercado Ferreira Borges, recebemos já 130 bandas nestas condições”, acrescentou.

hard_club_4“No centro do processo de revitalização da Ribeira”

Por altura do terceiro aniversário, não restam dúvidas de que, apesar da crise instalada no país, o balanço do funcionamento do espaço é “naturalmente positivo”. “Vejam-se os números: nos seus 1346 eventos, o Hard Club apresentou 3124 artistas, dos quais 2561 nacionais, num evidente apoio da produção artística nacional. Os 563 artistas internacionais que passaram pelos nossos palcos provieram de 40 países diferentes, o que nos torna um exportador do nome da cidade e do país”, sublinhou. Para além disso, Ana Póvoas salientou ainda que o equipamento conseguiu oferecer “inúmeras atividades de entrada livre, muitas diurnas, proporcionando a animação do Centro Histórico do Porto, fomentando a oferta nesta zona e contribuindo para que o Porto ganhasse importância turística a nível internacional”. “Registámos a entrada no Mercado Ferreira Borges de cerca de 2000 pessoas por dia, na sua maioria turistas, o que demonstra a mais-valia da nossa integração neste edifício. Penso que estamos no centro do processo de revitalização e reurbanização da Ribeira, uma área negligenciada nos últimos anos pelas gentes da cidade, mas a qual creio que, num futuro próximo, voltará a ganhar a vida de outros tempos e entrará novamente no circuito de animação noturna”, defendeu.

Texto: Mariana Albuquerque     |     Fotos: https://www.facebook.com/HardClubPorto

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