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Aniversário do Politécnico do Porto marcado por protestos

Aniversário do Politécnico do Porto marcado por protestos
O 31.º aniversário do Instituto Politécnico do Porto (IPP) ficou, esta quinta-feira, marcado por um protesto de alunos que criticam a reestruturação que está a ser levada a cabo pela instituição de ensino superior.

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Enquanto no interior do Teatro Rivoli, onde decorria a cerimónia, a presidente do IPP, Rosário Gamboa, falava do reposicionamento do Instituto, admitido que foi escolhido “o caminho mais difícil”, no exterior mais de meia centena de alunos gritava “Não, não, à reestruturação” e exibiam faixas com frases como “Fizemos uma escolha. Respeitem-na” e “Não somos mercadorias”.
Em causa está a reestruturação do IPP, aprovada a 10 de fevereiro, que prevê passar das atuais sete escolas para oito, a reafetação de 17 cursos, a descontinuidade de dois e a criação de três novos.
Esta reestruturação implica a reorganização de cursos entre as várias escolas, o que inclui mudanças de cidade, uma vez que a rede do IPP soma três polos: o Porto (incluindo instalações em Matosinhos e Gaia), Vila do Conde/Póvoa de Varzim e Felgueiras.
Um dos aspetos que está a gerar mais contestação é o facto da atual Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão (ESEIG), localizada no polo de Vila do Conde/Póvoa de Varzim, dar lugar a duas novas escolas, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHT) e a Escola Superior de Media e Design (ESMD).
Para a Associação de Antigos Alunos da ESEIG, o dia de ontem [quinta-feira] foi “triste” porque, disse Vítor Lopes, “lá dentro estão a publicitar duas novas escolas, mas a realidade é que se está a enterrar outra”.
Confrontado com as críticas, o vice-presidente do IPP, António Marques, disse “compreender” e “respeitar” a “dimensão emocional que os estudantes têm demonstrado”, mas negou que a reforma esteja a ser feita “por decreto ou imposição”, reforçando a ideia de que o objetivo do IPP é “construir uma instituição mais competitiva no futuro”.
Quanto à transição dos alunos, António Marques apontou que as Comissões Especializadas de Transição vão começar a trabalhar na próxima semana.
A cerimónia de aniversário do IPP teve na plateia o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, que à saída, em declarações aos jornalistas, disse ter encontrado um “clima de sintonia” no Politécnico do Porto, ainda que admita ser “normal que existam vozes contrárias”.

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