Segundo o responsável, o trabalho irá decorrer até ao final do ano e permitir “dizer exatamente o que lá está”, afirmou à margem dos Encontros Norte Conjuntura: “Norte e Economia”, no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões.
“Isto não quer dizer nada de especial, mas segundo as informações que me chegaram o primeiro dia de trabalhos não revelou resíduos a mais, mas não quer dizer que no segundo e terceiro dias não possam surgir”, frisou.
No final do ano, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e a Mota Engil, empresa à qual foram adjudicados os trabalhos de retirada, irão entregar um novo relatório e, com base nesse documento, o Ministério do Ambiente decidirá a melhor forma de tratar o assunto, adiantou.
Em causa está um caso que remonta a 2001/2002 quando toneladas de resíduos industriais perigosos, provenientes da Siderurgia Nacional, foram depositadas nas antigas minas de São Pedro da Cova.
Ao longo dos anos foi avançado que existiriam 88 mil toneladas de resíduos, mas o caderno de encargos do concurso público feito com vista à primeira remoção, que decorreu entre outubro de 2014 e maio de 2015, alude a 105 600 toneladas.
A 21 de abril do ano passado, após uma reunião que decorreu na CCDR-N, entidade que coordenou a primeira remoção, foi confirmado que existem mais resíduos, pelo que se teria de avançar com uma “segunda fase de remoção”, mas a calendarização para esta retirada ainda não foi tornada pública.
No entanto, o Ministério do Ambiente garantiu estar “a fazer tudo o que é necessário para a resolução” deste passivo ambiental, frisando a proteção do ambiente e afirmando compreender a preocupação da população.
Quarta-feira 30 Novembro, 2016
Análise de resíduos perigosos em Gondomar feita até ao final do ano
O apuramento exato das toneladas de resíduos perigosos depositados em São Pedro da Cova, em Gondomar, iniciado esta terça-feira, estará concluído no final do ano, revelou o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Fernando Freire de Sousa.