A Área Metropolitana do Porto (AMP) arrisca-se a ficar sem provedor do Cidadão Deficiente, segundo alertou esta terça-feira João Oliveira, que ocupa o cargo desde 2007 e se recusa a assinar o contrato proposto em março por “falta de condições políticas”. “Não faz sentido assinar o contrato ou assinar qualquer coisa cujo único objetivo seja receber um salário ao fim do mês”, afirmou, assegurando que “nunca houve condições políticas e contratuais para assinar o contrato e continuar na AMP”.
De recordar que João Oliveira foi nomeado provedor municipal do cidadão com deficiência pela Câmara do Porto em 2002, tendo sido escolhido, em 2007, para provedor metropolitano. Em 2014, viu terminar o segundo mandato previsto nos estatutos, sendo confrontado com um concurso público para o cargo que agora, diz, não quer voltar a assumir pelas condições e “cláusulas leoninas” impostas. “Só eu tinha obrigações e a AMP não tinha. Não foi isso que combinámos e, além disso, não há condições políticas para desenvolver um trabalho nesta área”, lamentou o responsável, que pretendia desenvolver “ações para defesa dos direitos dos trabalhadores com deficiência e incapacidades” que passavam pela criação de metodologias comuns ao território.
Quarta-feira 15 Abril, 2015
AMP pode ficar sem Provedor do Cidadão Deficiente
“Não faz sentido assinar o contrato ou assinar qualquer coisa cujo único objetivo seja receber um salário ao fim do mês”, afirmou João Oliveira.