
Isabel de Sousa Pinto pinta, ao detalhe, um feminino de sofrimento e a delicadeza mística da vida. Os cerca de 20 trabalhos agora expostos percorrem a sua história e prestam, de alguma forma, homenagem às suas origens nortenhas às quais agora regressa e às mulheres de outono da pós-modernidade que vivem na permanente diligência do querer e do poder.
A artista já ocupou cargos na direção artística de várias galerias de arte, sobretudo em Sintra, Cascais e Lisboa, onde passou grande parte da sua vida.
A sua obra tem merecido as mais variadas críticas. Destaque para a de Mariana Inverno, fundadora do projeto Art for All: “Uma obra que desce às profundezas do ser e da vida, caminhante entre sombras e luz, numa arquitectura orgânica, integrada na Terra e onde o grito da Alma ressoa, dorido, em busca da Redenção.” Já a historiadora Ana Paula Pinto refere o facto de que “olhar um quadro da Isabel é penetrar num mundo paralelo, vaguear entre postais de Luz e de mistério. Sentir a presença das Almas, deste e de outros mundos, reconhecê-los e reconciliar-se com Elas.”
Esta mostra no AMIarte estará patente até dia 9 de julho e pode ser visitada de terça a sábado, das 15h às 20h.