
A Alzheimer Portugal apoia e reforça o apelo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para a urgência da criação do estatuto de cuidador informal que visa a garantia da defesa da dignidade humana, permitindo que os cuidadores informais passem a ser reconhecidos a nível de apoios sociais, medidas de articulação entre o trabalho e a prestação de cuidados, soluções de alívio, entre outros.
“Infelizmente, estamos há muito à espera da criação deste estatuto. Os cuidadores informais têm uma grande importância na vida das pessoas com demência, assegurando cuidados por vezes a tempo inteiro, vendo a sua vida completamente alterada”, explica José Carreira, presidente da Alzheimer Portugal.
“A nossa associação agradece a dedicação e a persistência do Presidente da República na criação do estatuto do cuidador informal acreditando que a mesma se traduza numa efetiva mudança legislativa e na vida das pessoas”, acrescenta.
De acordo com a Entidade Reguladora da Saúde, Portugal é um dos países europeus com mais cuidadores informais sem formação e um dos países com maior taxa de cuidados domiciliários informais da Europa.
A Alzheimer Portugal é a única organização em Portugal, de âmbito nacional, especificamente constituída com o objetivo de promover a qualidade de vida das pessoas com doença de Alzheimer e dos seus familiares e cuidadores.
A Organização Mundial de Saúde estima que em todo o mundo existam 47.5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135.5 milhões. A doença de Alzheimer assume, neste âmbito, um lugar de destaque, representando cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência (World Health Organization [WHO], 2015).